O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, está sob crescente pressão para se afastar do cargo após a divulgação de denúncias de assédio sexual. Integrantes do governo federal recomendam sua saída, avaliando que sua permanência na Esplanada dos Ministérios tornou-se insustentável devido à gravidade das acusações. Almeida, no entanto, se recusa a aceitar a sugestão e mantém sua postura de negação, confiando que as investigações internas irão refutar as alegações.

A situação está gerando preocupações no Palácio do Planalto, onde há receio de que prolongar a crise possa prejudicar a imagem do governo. A presença de Almeida em um cargo sensível e o envolvimento de uma colega de Esplanada são fatores que intensificam o desconforto. Entre os defensores de uma resolução rápida está a primeira-dama, Ronsagela Silva, conhecida como Janja. Na madrugada desta sexta-feira (6), Janja expressou apoio a Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, através de uma postagem nas redes sociais, embora Franco ainda não tenha se pronunciado oficialmente sobre o caso.

Presidente Lula

A expectativa é que Silvio Almeida se encontre com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda nesta sexta-feira para discutir o futuro do ministro. A decisão do presidente é aguardada com ansiedade, e a tendência é que Lula tome uma posição rápida para evitar que a crise se arraste por mais tempo e afete negativamente a administração federal.