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terça-feira, 15 de outubro de 2024
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Polêmica nas eleições

PF caça “fofoqueiros” contratados por candidatos para difamar concorrentes nas eleições

Segundo a Polícia Federal, os “atores” contratados recebiam instruções detalhadas sobre quais informações falsas deveriam divulgar

Postado em 12 de setembro de 2024 por Rauena Zerra
A operação da PF cumpriu 4 mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão I Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (12) a Operação Teatro Invisível, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada na disseminação de notícias falsas durante campanhas eleitorais no Rio de Janeiro. Os nomes dos políticos que estão sendo investigados ainda não foram revelados.

A operação, que contou com o apoio do Ministério Público Eleitoral, resultou na prisão de quatro suspeitos e na apreensão de diversos materiais, incluindo veículos de luxo e grande quantidade de dinheiro em espécie.

Leia também: PF desarticula esquema de lavagem de dinheiro em Minas Gerais, Goiás e São Paulo

As investigações revelaram que a quadrilha, liderada por ex-funcionários públicos, desenvolveu um esquema sofisticado para influenciar o resultado de eleições em pelo menos 10 municípios fluminenses. A organização contratava pessoas para espalhar notícias falsas sobre determinados candidatos, com o objetivo de beneficiar outros postulantes aos cargos eletivos.

Segundo a Polícia Federal, os “atores” contratados recebiam instruções detalhadas sobre quais informações falsas deveriam divulgar e circulavam por locais com grande concentração de pessoas, como pontos de ônibus, padarias e filas de bancos, para disseminar as mentiras. Em troca, eles recebiam pagamentos que podiam chegar a R$ 2 mil por mês.

Os líderes da organização, por sua vez, recebiam valores ainda maiores e, em alguns casos, eram contratados pelas próprias prefeituras. Para manter o esquema em funcionamento, eles utilizavam “laranjas” para ocupar cargos públicos e garantir o controle sobre as ações da quadrilha.

A operação da PF cumpriu 4 mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão, além de determinar o bloqueio de bens dos investigados no valor total de R$ 1 milhão por pessoa. Durante as buscas, foram apreendidos R$ 188.300,00 em espécie, três veículos de luxo blindados, celulares, dispositivos eletrônicos, mídias de armazenamento e diversos documentos.

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