Uma operação da Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), desarticulou na última sexta-feira (13) uma célula de uma organização criminosa carioca em Goiânia, que funcionava como “Central do Golpe”.na capital goiana. Quatro suspeitos foram presos em flagrante e um vasto material, incluindo celulares, chips, dinheiro e anotações, foi apreendido.

A investigação da DERCC identificou que a organização criminosa especialistas em aplicar o golpe do “novo número” , com ramificações no Rio de Janeiro, utilizava técnicas de engenharia social para enganar suas vítimas. Os golpistas se passavam por familiares em situações de emergência, solicitando dinheiro de forma urgente. Para dar credibilidade à história, utilizavam fotos roubadas das redes sociais das vítimas e informações pessoais obtidas de forma ilícita.

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Durante a operação, os policiais civis cumpriram mandados de busca e apreensão em um imóvel na capital goiana, onde os suspeitos estavam atuando. No local, foram encontrados 21 aparelhos celulares, 141 chips, uma munição calibre 9mm, aproximadamente R$ 3 mil em espécie e três cadernos com anotações referentes a vítimas, incluindo números de celulares, nomes de familiares e senhas de bancos de dados.

Os suspeitos foram autuados em flagrante pelos crimes de organização criminosa, posse/porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e estelionato. Se condenados, podem pegar até 22 anos de reclusão.

Modus operandi da fraude

O golpe do “novo número” consiste em entrar em contato com as vítimas por meio de aplicativos de mensagens, como WhatsApp, utilizando um novo número e se passando por um conhecido. Os criminosos alegam que trocaram de número e solicitam que a vítima adicione o novo contato. Em seguida, inventam uma história urgente, como um acidente ou um problema financeiro, e pedem dinheiro emprestado.