No último dia 17, o Instagram anunciou a implementação de novos recursos focados no controle parental, visando oferecer mais segurança aos adolescentes que utilizam a plataforma. Denominada “Conta de Adolescente“, essa iniciativa permite que os pais acompanhem e limitem o acesso a determinados conteúdos, além de monitorar as interações de seus filhos.

Uma mudança importante é que agora adolescentes com menos de 16 anos precisarão da autorização dos pais para alterar as configurações de suas contas. Atualmente, o Instagram permite que usuários a partir dos 13 anos criem perfis. Com essa nova configuração, os responsáveis podem restringir quem pode contatar seus filhos e o tipo de conteúdo que eles visualizam.

As principais alterações que a “Conta de Adolescente” trará incluem:

Contas Privadas: Apenas pessoas que seguem o adolescente poderão interagir com ele.

Restrições de Mensagens: Mensagens diretas poderão ser enviadas somente por seguidores.

Limite de Tempo de Uso: O Instagram notificará os adolescentes após 60 minutos de uso diário, sugerindo que encerrem suas atividades.

Modo Noturno: Entre 22h e 7h, as notificações serão silenciadas, e quem tentar contatar o adolescente será informado sobre sua indisponibilidade.

Limitação de Conteúdo Sensível: A exibição de conteúdos como vídeos de brigas ou procedimentos estéticos será restringida.

Marcação e Menções: Adolescentes poderão ser marcados ou mencionados apenas por pessoas que os seguem.

Essas funcionalidades serão administradas remotamente pelos pais, que não precisarão acessar o dispositivo dos filhos. A Meta, empresa controladora do Instagram, garantiu que os responsáveis poderão aprovar ou rejeitar solicitações de alterações feitas pelos adolescentes.

A nova funcionalidade será lançada nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália nos próximos 60 dias. A América Latina, incluindo o Brasil, deve receber esses recursos a partir de janeiro de 2025, enquanto a União Europeia terá acesso às novidades até o final deste ano.

Desde 2022, a “Central da Família” opera em conjunto com a “Conta de Adolescente”, permitindo que os pais monitorem o tempo de uso da rede social, estabeleçam limites diários e sejam alertados sobre interações suspeitas.

Essa decisão de implementar novos recursos responde a preocupações crescentes sobre o impacto das redes sociais na saúde mental de crianças e adolescentes. Documentos internos da Meta indicam que o Brasil é considerado um país de “risco” devido à disseminação de conteúdos tóxicos nas redes sociais. Assim, essa medida é vista como uma tentativa de a plataforma melhorar a relação dos jovens – considerados os mais suscetíveis – com as redes sociais.

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