Incrível! Inteligência Artificial recria rosto de Jesus a partir do Santo Sudário
Estudo identificou semelhanças entre o objeto sagrado e um tecido encontrado em Masada, Israel, datado entre 55 e 74 d.C; veja as imagens
Uma simulação realizada por meio de inteligência artificial (IA) recriou o rosto de Jesus Cristo, utilizando como base o Santo Sudário. Este tecido, que segundo a tradição cristã teria coberto o corpo de Cristo após sua crucificação, está atualmente em exposição na Catedral de São João Batista, em Turim, Itália. A recriação foi conduzida pela plataforma de IA Midjourney e destaca a imagem mais nítida do Sudário já obtida, revelando como Jesus poderia ter sido.
A iniciativa ocorre em um momento significativo, marcando os 90 anos desde a primeira vez em quatro séculos que o Sudário foi exibido publicamente. O Santo Sudário, conhecido também como “pano sagrado”, tem sido um objeto de devoção e de controvérsia há séculos. Membros da Igreja Católica acreditam que o tecido de 4,2 metros de comprimento e 1,1 metro de largura representa a imagem de Jesus após sua crucificação, conforme descrito nos Evangelhos.
A origem e autenticidade do Sudário de Turim têm sido alvo de debates intensos ao longo dos séculos. Recentemente, pesquisadores do Istituto di Cristallografia, na Itália, realizaram uma nova análise por meio de raios-x que sugere que o tecido pode datar de aproximadamente 2 mil anos, situando-o na época em que Jesus viveu. O estudo, publicado na revista Heritage, foi conduzido pelo professor Liberato de Caro e identificou semelhanças entre o Sudário e um tecido encontrado em Masada, Israel, datado do primeiro século d.C.
Além disso, a pesquisa detectou partículas de pólen do Oriente Médio nas fibras do Sudário, fortalecendo a hipótese de que o tecido seja autêntico e não uma falsificação europeia do século XIV, como sugerido por análises anteriores. Essa nova perspectiva motivou o uso de IA para recriar a imagem de Cristo, com resultados que se assemelham às representações tradicionais da figura de Jesus na arte, incluindo características como cabelo longo e barba.
Embora a autenticidade do Sudário continue sendo debatida, a Igreja Católica mantém uma postura neutra, sem declarar oficialmente sua veracidade. No entanto, o Sudário é tratado como uma relíquia sagrada por muitos fiéis e pontífices, incluindo o Papa Francisco, que em 2015 fez uma peregrinação a Turim para rezar diante do tecido.
Veja as imagens:
O que é o Santo Sudário afinal?
Conhecido como o “pano sagrado”, o Santo Sudário possui uma história controversa. Membros da Igreja Católica acreditam que o pano de 4,2 metros de comprimento e 1,1 metro de largura representa a imagem de Jesus Cristo após sua crucificação, como mencionado nas primeiras referências na Bíblia. O Evangelho de Mateus (Mateus 27:59) e o Evangelho de João (João 19:38–40) relatam o envolvimento de José de Arimateia e os apóstolos Pedro e João com o Sudário.
Apesar de estar em exibição pública há cerca de 600 anos, o Santo Sudário sempre foi alvo de debate e ceticismo. O bispo francês Pierre d’Arcis escreveu ao Papa Clemente VII em 1390, expressando suspeitas de que o Sudário fosse uma “artimanha inteligente”, questionando sua autenticidade.
A figura de Jesus de acordo com historiadores
A imagem tradicional de Jesus Cristo como um homem branco, de longos cabelos castanhos claros e olhos azuis é resultado de uma construção histórica que pouco reflete a realidade. Especialistas apontam que o Jesus histórico provavelmente tinha pele morena, era baixinho e mantinha os cabelos curtos, em linha com a aparência típica dos judeus da sua época. Estudos sugerem que ele se assemelhava mais a um homem do Oriente Médio, distante da figura europeizada que se consolidou ao longo dos séculos.
Essas representações artísticas de Jesus, que variaram ao longo da história, muitas vezes retrataram um Cristo que refletia as culturas e os contextos em que foram criadas. A figura de Cristo foi moldada conforme as conveniências estéticas e sociais das épocas, como no Império Bizantino, onde ele foi representado como um ser invencível, semelhante aos imperadores. Hoje, há uma busca por imagens mais próximas das realidades culturais dos fiéis, como as representações de Jesus com feições negras na Etiópia ou com traços asiáticos em Macau.
Em 2001, para um documentário produzido pela BBC, o especialista forense em reconstruções faciais britânico Richard Neave, utilizou conhecimentos científicos para chegar a uma imagem que pode ser considerada próxima da realidade.
A partir de três crânios do século I, de antigos habitantes da mesma região onde Jesus teria vivido, ele e sua equipe recriaram, utilizando modelagem 3D, como seria um rosto típico que pode muito bem ter sido o de Jesus.
Esqueletos de judeus dessa época mostram que a altura média era de 1,60 m e que a grande maioria deles pesava pouco mais de 50 quilos. A cor da pele é uma estimativa.
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