Governo Milei culpa populismo por crise e promete correções
Os números Indec mostram que a pobreza aumentou 11,2% em comparação ao mesmo período de 2023
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), divulgados na quinta-feira (26), a pobreza na Argentina atingiu 52,9% da população no primeiro semestre de 2024. O governo de Javier Milei responsabilizou os “20 anos de populismo e destruição” pela situação do país.
Manuel Adorni, porta-voz da Casa Rosada, declarou em uma coletiva de imprensa que a administração Milei herdou um cenário catastrófico e está trabalhando para corrigir a situação. Os números Indec mostram que a pobreza aumentou 11,2% em comparação ao mesmo período de 2023, alcançando o maior patamar das últimas duas décadas.
O índice de indigência mede a parcela da população que vive com menos do que o necessário para suprir suas necessidades básicas. Na Argentina subiu 6,2% em um ano, chegando a 18,1%. Adorni afirmou que, apesar dos números alarmantes, há uma tendência de queda. Os dados internos mostram que a pobreza atingiu quase 55% no primeiro trimestre de 2024. “Estávamos à beira do colapso”, ressaltou o porta-voz.
Os dados do Indec revelam que, no primeiro trimestre, a pobreza foi de 54,8%, caindo levemente para 51% no segundo trimestre. Acima dos 45,2% registrados no quarto trimestre de 2023. O Ministério do Capital Humano divulgou uma nota oficial afirmando que a redução nos índices de pobreza se deve ao sucesso do plano econômico do governo, que freou a inflação e permitiu a recuperação do poder de compra dos salários.