PT afirma que emendas bilionárias favoreceram reeleição de candidatos bolsonaristas
Partido destaca aumento de prefeituras conquistadas no primeiro turno
A Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou nesta terça-feira (8) uma nota sobre os resultados do primeiro turno das eleições municipais, realizado no último domingo (6). O partido celebrou o aumento no número de prefeituras conquistadas. Esse número passou de 183 para 248. Além disso, destacou que disputará o segundo turno em 13 municípios. Entre essas cidades, estão quatro capitais: Fortaleza, Porto Alegre, Cuiabá e Natal. Como também o partido afirma que emendas bilionárias favoreceram reeleição de candidatos bolsonaristas.
PT critica cenário político com emendas bilionárias
No comunicado, a direção do PT classificou os resultados como parte de uma “recuperação eleitoral” do partido nos municípios. Segundo a nota, o cenário político atual favorece candidatos de partidos de centro-direita e direita, que dominam o Congresso Nacional. Esses candidatos, de acordo com o partido, têm acesso a emendas parlamentares bilionárias. Além disso, estão à frente das administrações públicas municipais. O alto índice de reeleição, que chega a 80% nas cidades que mais receberam emendas, foi apontado como um fator que distorce o sistema político.
O texto também menciona a eleição de 3.118 vereadores que concorreram em chapas conjuntas com o PV e o PCdoB. Os três partidos fazem parte da Federação Brasil da Esperança. O PT afirmou que sua principal tarefa agora é fortalecer as campanhas nas cidades onde disputa o segundo turno. Além disso, o partido destacou a importância de apoiar as candidaturas de Guilherme Boulos e Marta Suplicy em São Paulo. O objetivo é unir o campo popular e democrático contra a extrema direita.
Por fim, a nota defendeu a necessidade de uma avaliação sobre os acertos e erros nas táticas eleitorais do partido. O PT afirmou que essa análise deve levar em conta o retorno ao governo federal. O comunicado destacou que esse retorno aconteceu após um período de quase uma década de perseguição ao partido e a seu principal líder. Enfim, o texto também criticou a operação Lava Jato e o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O partido argumenta que esses eventos abriram espaço para a ascensão da extrema direita no Brasil.