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quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
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Porque os jovens têm deixado os apps de relacionamento para trás?

Antes sucesso entre os solteiros, apps como Tinder e Bumble tem experimentado queda ascendente

Postado em 13 de outubro de 2024 por Thais Aires

Se antes aplicativos como Tinder e Bumble eram a escolha certa para quem queria encontrar um romance ou apenas conhecer novas pessoas, hoje em dia, a Geração Z parece estar deixando essa onda de lado.

Os jovens dessa geração, que cresceram com smartphones e estão sempre conectados, vêm demonstrando desinteresse nos aplicativos de namoro e explorando outras formas de paquera.

Segundo um estudo de 2023 da empresa de pesquisas Savanta, 90% dos jovens da Geração Z relatam sentir um certo “cansaço digital” quando o assunto é paquera online. Eles citam frustração, falta de autenticidade e a sensação de repetição como principais fatores que os afastam dos aplicativos.

Esse comportamento não passou despercebido pelos investidores, que estão acompanhando de perto a queda das ações de gigantes como Match Group (responsável pelo Tinder) e Bumble.

Desde 2021, o valor das ações dessas empresas caiu substancialmente, uma indicação de que o apelo desses aplicativos está mudando, especialmente entre os jovens. Para muitos analistas, o problema é que esses apps foram pensados para a geração anterior, os millennials, e a Geração Z quer algo mais espontâneo e menos impessoal.

Em contrapartida, apps mais segmentados, como o Grindr, têm mostrado que podem se manter relevantes, pois conseguem oferecer um ambiente mais personalizado e direcionado, o que atrai não só usuários, mas também a confiança do mercado financeiro.

Em vez de deslizar o dedo na tela em busca de um “match”, muitos jovens têm voltado ao estilo mais clássico de conhecer gente nova, seja por meio de amigos, eventos sociais ou até encontros casuais.

Em entrevista ao G1, Vinícius, de 27 anos, revelou que se sente mais à vontade em situações presenciais: “É legal encontrar alguém numa roda de amigos, sem pressão de que tudo precisa dar certo. Se rolar, rolou.”

Diana, também de 27 anos, compartilha que se cansou das trocas digitais que não levam a lugar nenhum. Para ela, falta autenticidade nas conversas de aplicativo, o que torna tudo meio desmotivador.

Para não perderem espaço, aplicativos como Tinder e Bumble estão tentando se reinventar. O Tinder, por exemplo, tem investido em eventos presenciais, onde os usuários podem se conhecer pessoalmente, misturando o digital com o real. Já o Bumble vem apostando em ferramentas que incentivam a criação de amizades, algo que ressoa com a Geração Z, que valoriza conexões mais autênticas e menos focadas exclusivamente no romance.

Essas novas tendências indicam que, embora os aplicativos de namoro ainda sejam populares, a Geração Z está buscando formas de interação mais verdadeiras e menos dependentes de algoritmos – priorizando, acima de tudo, experiências e conexões que fazem sentido no mundo offline.

 

 

 

 

 

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