Inteligência artificial: as profissões que vão “nascer e morrer” com a ascensão da tecnologia
Com o avanço da IA, novas habilidades são exigidas e algumas ocupações podem ser extintas
A inteligência artificial (IA) está mudando rapidamente o cenário profissional, criando novas profissões, mas também representando uma ameaça para algumas ocupações tradicionais. Um estudo da Universidade de Oxford indica que habilidades relacionadas à IA podem aumentar salários em até 40%, refletindo a alta demanda por profissionais especializados na área de tecnologia. No entanto, essa transformação exige que os trabalhadores desenvolvam a capacidade de adaptação e aprendizado contínuo.
Dados da Accenture mostram que 84% dos executivos de grandes empresas enxergam a IA como essencial para o crescimento dos negócios. A automação de tarefas rotineiras, impulsionada pela tecnologia, está acelerando a necessidade de competências como análise de dados e programação. Setores como indústria e atendimento ao cliente já estão sendo impactados por robôs em linhas de montagem e assistentes virtuais, o que reduz a necessidade de trabalhadores em funções como operadores de telemarketing e caixas de mercado.
Um relatório do McKinsey Global Institute projeta que, até 2030, aproximadamente 14% dos profissionais brasileiros podem ter que mudar de carreira devido à digitalização e automação. Isso representa quase 16 milhões de pessoas, destacando a importância de adquirir novas habilidades para se manter relevante no mercado de trabalho.
Por outro lado, algumas carreiras continuam relativamente seguras. Profissões que envolvem criatividade, inteligência emocional e decisões complexas, como médicos e gerentes de recursos humanos, ainda são essenciais. Além disso, trabalhos manuais qualificados, como os de eletricistas e encanadores, são mais difíceis de automatizar, garantindo a permanência desses profissionais no mercado.
A própria forma de recrutamento também está sendo transformada pela IA, com plataformas que utilizam a tecnologia para analisar currículos e prever a compatibilidade dos candidatos com as vagas. Isso torna o processo mais eficiente, mas exige que os profissionais ajustem suas habilidades e candidaturas para se adequar a esses sistemas automatizados.
Habilidades em áreas específicas de IA, como aprendizado de máquina e análise de dados, estão cada vez mais valorizadas. Conhecimentos em programação, especialmente em linguagens como Python e R, são essenciais para o desenvolvimento de modelos de IA e automação de processos. Além disso, o entendimento sobre o impacto ético da IA, como privacidade de dados, também está em alta demanda, destacando a necessidade de soluções responsáveis no uso dessa tecnologia.
Para quem busca desenvolver essas competências, plataformas como Google AI e FluêncIA da Microsoft oferecem cursos gratuitos ou acessíveis, possibilitando a entrada ou expansão no campo da inteligência artificial.
Cargos negativamente afetados pela IA
Nesse cenário de automatização e com os avanços da IA, algumas posições devem perder relevância. Confira:
Operários industriais: Pessoas envolvidas em tarefas de montagem, soldagem e embalagem serão menos demandadas à medida que linhas de produção automatizadas e robôs assumem essas tarefas repetitivas.
Operadores de dados: A tecnologia é cada vez mais capaz de lidar com inputs e gerenciamento de dados, o que reduz a necessidade de humanos ocupando essas posições de entrada.
Representantes de atendimento ao cliente: Com o aumento de chatbots de IA e assistentes virtuais, questões rotineiras de atendimento ao cliente podem ser resolvidas sem intervenção humana, o que pode reduzir a demanda por pessoal de atendimento ao cliente.
Caixas de varejo: Sistemas de checkout automatizados e quiosques de autoatendimento estão se tornando mais comuns em ambientes de varejo, ameaçando as posições de caixas tradicionais.
Operadores de telemarketing: A IA pode lidar com chamadas de marketing e gerenciar relacionamentos com clientes de forma eficiente, o que coloca os operadores de telemarketing em risco de perderem seus empregos.
Carreiras (que podem ser) seguras
Muitos cargos permanecem relativamente seguros porque dependem da criatividade humana, inteligência emocional e tomada de decisões complexas. Alguns deles são:
Profissionais de saúde: Funções como médicos, enfermeiros e terapeutas exigem um alto grau de empatia, pensamento crítico e cuidado personalizado que a IA não pode replicar.
Trabalhos manuais qualificados: Ocupações como eletricistas, encanadores e carpinteiros envolvem resolução prática de problemas e habilidades técnicas difíceis de automatizar.
Gerentes de recursos humanos: Para gerenciar pessoas, é preciso entender comportamentos humanos complexos, resolver conflitos e promover uma cultura de trabalho positiva — tarefas que requerem inteligência emocional e habilidades interpessoais exclusivas dos seres humanos.
Assistentes sociais e conselheiros: Esses cargos envolvem ajudar indivíduos e comunidades a lidar com questões sociais complexas, além de oferecer apoio e orientação personalizada, que são inerentemente funções centradas no ser humano.
*texto com informações: portal Forbes e O Globo
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