J. Borges: O xilógrafo que leva a arte nordestina ao cenário internacional
Natural de Bezerros, Pernambuco, o artista se destaca com mais de 200 obras autorais, reconhecidas em instituições como o Louvre e o Museu de Arte Moderna de Nova York, celebrando a rica cultura do Nordeste
José Francisco Borges, conhecido como J. Borges, é um dos principais xilógrafos e cordelistas do Brasil, nascido em Bezerros, Pernambuco. Suas obras são reconhecidas internacionalmente, integrando acervos de grandes colecionadores e galerias de arte.
A arte desse mestre começou na juventude, com seu primeiro cordel, ‘O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina’, xilogravado por Mestre Dila, que vendeu 5 mil exemplares em menos de dois meses. Com o sucesso, ele se viu sem recursos para pagar ilustradores, optando por criar suas próprias gravuras. Esse passo resultou na produção de mais de 200 obras autorais.
A técnica da xilogravura, que envolve esculpir relevos em uma matriz de madeira, foi aperfeiçoada por ele, que desenvolveu um método próprio de pintura para suas matrizes. Esse talento fez com que suas criações fossem encomendadas por admiradores de todo o mundo, sendo exibidas em museus, como o Louvre e o Museu de Arte Moderna de Nova York.
J. Borges é conhecido por retratar o cotidiano nordestino, abordando temas como cangaço e tradições religiosas. Ariano Suassuna o reconheceu como ‘o melhor gravador popular do Nordeste’, conforme mencionado pelo The New York Times.