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sábado, 21 de dezembro de 2024
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América do Sul

Maduro convoca embaixador no Brasil para responder ‘grosserias’ do governo Lula

Governo venezuelano acusa ministro das relações exteriores, Celso Amorin, de estar prejudicando as relações diplomáticas entre Brasil e Venezuela

Postado em 30 de outubro de 2024 por Bruno Goulart
Maduro convoca embaixador no Brasil para responder 'grosserias' do governo Lula
Foto: Agência Brasil

O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, convocou seu embaixador no Brasil, Manuel Vadell, para consultas, em resposta ao que classificou como “grosserias” por parte do governo Lula (PT).

A decisão foi formalizada em comunicado do Ministério das Relações Exteriores venezuelano, divulgado nesta quarta-feira (30/10), que critica diretamente o assessor internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Celso Amorim.

Na nota, o governo venezuelano acusa Amorim de agir como um “mensageiro do imperialismo norte-americano” e alega que ele tem emitido opiniões sobre questões internas da Venezuela, consideradas pelo governo de Nicolás Maduro como assuntos exclusivamente nacionais.

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O texto caracteriza as declarações de Amorim como uma “agressão constante”, que, segundo o Ministério, estaria prejudicando as relações diplomáticas entre Brasil e Venezuela.

O que diz o governo Lula

Em declarações recentes, Amorim afirmou que o Brasil mantém um posicionamento crítico em relação ao governo venezuelano, especialmente sobre o processo eleitoral que resultou na reeleição de Maduro.

Amorim destacou que o Brasil, ao contrário de sua postura com Cuba, não reconheceu o resultado das eleições venezuelanas.

Segundo o assessor, o desconforto com o processo eleitoral teria se acentuado após alegações de falta de transparência, já que os resultados e atas eleitorais não foram divulgados publicamente, situação que ele considera uma violação ao princípio da transparência.

Amorim relatou ainda que, durante uma missão de acompanhamento das eleições, questionou Maduro sobre o atraso na divulgação dos resultados, atribuído pelo presidente venezuelano a um suposto ataque cibernético.

Ao retornar ao Brasil, o ministro disse ter voltado com um sentimento de incerteza sobre a lisura do processo, levantando dúvidas sobre a publicidade dos resultados e reforçando a posição brasileira de cautela em relação à situação política na Venezuela.

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