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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Quadrilha

Smart Fake: PF prende grupo que fraudou crédito da Caixa Econômica

Com o avanço da investigação, os agentes federais descobriram um esquema mais amplo

Postado em 6 de novembro de 2024 por Yago Sales

A Polícia Federal (PF) prendeu, no âmbito da Operação Smart Fake, quatro pessoas nesta quarta-feira (6), acusadas de fraudar operações de crédito da Caixa Econômica Federal que beneficiaram mais de cem empresas.

A Smart Fake também cumpriu 12 mandados de busca e apreensão em Teresina e Pedro II, no Piauí, além de Timon, no Maranhão. O grupo é investigado por desviar mais de R$ 20 milhões dos cofres públicos.

A investigação começou a partir da denúncia de um empresário de Teresina, que relatou à PF que sua empresa foi alvo de uma fraude envolvendo a solicitação de crédito à Caixa Econômica. O denunciante afirmou que o processo foi intermediado por uma pessoa, que acabou sendo identificada pelos policiais. Essa pessoa teria apresentado documentos falsificados para garantir a liberação do empréstimo.

Com o avanço da investigação, os agentes federais descobriram um esquema mais amplo, envolvendo 179 contratos irregulares com 115 empresas registradas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Essas operações fraudulentas ocorreram desde 2022. Entre os contratos, alguns se destacaram por um elevado número de inadimplências, com valores superiores a R$ 800 mil por empréstimo.

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Além dos problemas com o não pagamento dos empréstimos, os investigadores perceberam outras irregularidades, como o fato de diversas empresas envolvidas estarem com seus CNPJs baixados ou irregulares na Receita Federal. Essas inconsistências reforçam a suspeita de um esquema criminoso organizado.

Os quatro suspeitos, cujos bens também foram sequestrados pela Justiça, podem ser acusados de estelionato qualificado, falsificação de documentos, organização criminosa e outros crimes que possam ser identificados durante o curso da investigação. Os agentes federais continuam apurando o envolvimento de mais pessoas no esquema de fraudes.

As prisões e as buscas foram autorizadas pela 3ª Vara da Justiça Federal, que também determinou o sequestro de bens dos envolvidos. A operação tem como objetivo garantir a recuperação dos valores desviados e desarticular a quadrilha responsável pela fraude no sistema financeiro público.

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