Na última quinta-feira (21), várias entidades do setor agropecuário brasileiro se uniram para contestar a decisão do Carrefour da França de deixar de adquirir carne proveniente do Mercosul. A nota foi assinada por organizações como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), entre outras. A ação foi uma reação ao anúncio feito na quarta-feira (20) por Alexandre Bompard, CEO global do Carrefour, que justificou a decisão com o objetivo de atender a demandas relacionadas ao potencial acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, além da legislação de proteção ambiental do bloco europeu.

Em resposta, as entidades destacaram o papel importante do Mercosul como líder nas exportações de carne bovina e de frango, além de reforçarem que o setor foi um dos maiores fornecedores durante a pandemia. O Carrefour tentou esclarecer que essa decisão vale apenas para suas lojas na França e não reflete a qualidade da carne, mas sim as exigências do mercado francês. No entanto, os representantes do agronegócio argumentaram que, se a carne do Mercosul não é considerada adequada para esse mercado, ela também não deveria ser descartada em outras filiais da rede.

Por fim, as entidades reafirmaram seu compromisso com a produção responsável e sustentável, enfatizando a segurança alimentar e a qualidade dos produtos provenientes da região.