O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024
PublicidadePublicidade
Transição de governo

Na transição, Jovair desconversa sobre dívidas de Goiânia: “toda prefeitura tem”

Comissão de Transição se reuniu no Paço Municipal para discutir panorama do Paço

Postado em 21 de novembro de 2024 por Bruno Goulart
Na transição, Jovair desconversa sobre dívidas de Goiânia: “toda prefeitura tem”
Foto: Bruno Goulart/O Hoje

Dia 1° de janeiro só se aproxima, e a equipe de transição tanto do prefeito eleito Sandro Mabel (UB) quanto do atual, Rogério Cruz (Solidariedade) correm contra o tempo para traçar um panorama administrativo sobre a Prefeitura de Goiânia.

Nesta quinta-feira (21/11), a Comissão de Transição se reuniu no Paço Municipal para discutir informações sobre ações do governo municipal, programas sociais e as condições financeiras dos cofres públicos da capital. A reunião foi a segunda entre os representantes do atual prefeito e do eleito para mapear os desafios e preparar a nova administração que assumirá no início do ano.

Sandro Mabel participou remotamente, pois está em Londres participando de uma comitiva de seu partido, o União Brasil, para conhecer práticas internacionais de gestão.

Situação financeira

Na coletiva de imprensa, o secretário de governo Jovair Arantes desconversou a pergunta feitas por jornalistas sobre a dívida da prefeitura de Goiânia. Ele se limitou a dizer que “dívida toda prefeitura, seja ela em qualquer parte do Brasil, todo mundo tem”. E acrescentou que o que precisa ser discutido, de fato, é o pagamento delas. Para ele, o novo prefeito vai encontrar as contas públicas em boas condições.

Leia mais: Veja os 37 nomes envolvidos na suposta tentativa de golpe de Estado

No entanto, não é o que diz o prefeito eleito Sandro Mabel. Ele afirmou que um levantamento de sua equipe estimou uma dívida de R$ 1,6 bilhões – inicialmente falava em déficit de R$ 400 milhões. E não é novidade para ninguém que a prefeitura de Goiânia se encontra apertada. 

A título de curiosidade, Rogério Cruz pediu que a Câmara de Goiânia aprovasse a contratação de um empréstimo de R$ 710 milhões, neste ano, seu último ano de governo, o que sinaliza a falta de recursos do Paço para investir em obras. O empréstimo foi aprovado e a prefeitura já recebeu R$ 127,7 milhões. De acordo com o governo da cidade, o valor será aplicado em recapeamento asfáltico e construção de viaduto. Além disso, Cruz já havia afirmado que captaria R$ 372 milhões ainda este ano.

Continuidade

Entre os programas apresentados pela gestão atual, a equipe de Mabel destacou algumas iniciativas que poderão continuar, como ações de proteção a pessoas em situação de vulnerabilidade, o programa de desburocratização de serviços municipais e o projeto “Centraliza”, que deve ser revisado pelo eleito para melhor atender às demandas da cidade.

“Acreditamos que algumas iniciativas da atual administração têm mérito e devem ser continuadas, mas com ajustes para atender melhor a população e torná-las mais eficientes”, afirmou Paulo Ortegal, coordenador da equipe de transição. Ele enfatizou que a cooperação entre as gestões tem sido produtiva, embora ainda haja pendências documentais importantes.

Segundo Ortegal, muitos documentos apresentados estavam incompletos ou ilegíveis, mas houve o compromisso do atual secretário Jeová em providenciar os ajustes necessários. “Já entregamos novos expedientes solicitando informações complementares, e a prefeitura garantiu que atenderá nossas demandas prontamente”, explicou.

Educação

Outro tema abordado foi o programa “Escolas em Tempo Integral”, que Mabel pretende expandir em Goiânia. A equipe de transição destacou que o prefeito eleito conseguiu viabilizar a participação do município em novas etapas do programa, o que poderá beneficiar milhares de alunos na capital.

“Temos até o fim do ano para ajustar o que for preciso e alinhar projetos que tragam benefícios concretos para Goiânia disse.

Sobre a reforma administrativa, que deve extinguir ou criar secretarias, Ortegal afirmou que ainda não há nada definido. Apesar das diferenças de diagnóstico sobre a situação financeira, o clima entre as duas equipes é de cordialidade.

Na próxima quarta-feira (27), a comissão deve se reunir para apresentação do dados da Saúde e do Imas. No dia seguinte, quinta-feira (28), será a vez da Educação e da Seinfra.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.
Veja também