Mabel reúne especialistas para resolver crise nas UTIs de Goiânia
Prefeito eleito da capital convocou reunião emergencial no último domingo (24)
É natural que os eleitos para os cargos executivos neste ano já articulem os planos futuros, para quando assumirem a gestão dos municípios em janeiro de 2025. Prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil) tem se movimentado. Em relação às promessas feitas no decorrer de sua campanha, Mabel começa a dar os primeiros passos frente aos problemas da capital goiana.
Um dos problemas que têm afetado diversos municípios goianos, incluindo Goiânia, é a saúde. No último domingo (24), Mabel convocou o secretário de Saúde do Estado, Rasível dos Santos, para uma reunião de emergência visando tratar da crise nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) da capital pela escassez de leitos.
Na última semana, um homem aposentado de 63 anos, e duas mulheres – uma de 36 anos e outra de 29 – morreram enquanto aguardavam vagas nas UTIs da capital. A crise no sistema de saúde goianiense levou Mabel a reunir sua equipe para tratar do tema.
Além de Mabel e Rasivel, participaram os médicos Luiz Gaspar Pellizzer e Alessandro Magalhães, o economista Valdivino de Oliveira, já anunciado como secretário de Finanças da capital, além do advogado Wandir Allan. O presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Romário Policarpo (PRD) e os vereadores Ronilson Reis (Solidariedade) e Léo José (Solidariedade) também estiveram na reunião.
Mabel ressaltou que os pagamentos serão realizados para todos os parceiros e prestadores de saúde desde o início de sua governança. “Saúde é prioridade. Vamos conversar com os prestadores para que os atendimentos sejam retomados. Meu compromisso desde a campanha foi cuidar da saúde e vou cumprir”, destacou.
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O empresário também garantiu que irá tratar o assunto como prioridade junto ao governador Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmando que atuará de maneira para frear a crise nas UTIs, antes mesmo de assumir a prefeitura de Goiânia.
“Falei com o governador Caiado sobre isso [a crise ocasionada pela falta de leitos nas UTIs] e convoquei uma reunião de emergência, com minha equipe de transição e com o secretário estadual de Saúde, doutor Rasível. Vamos pedir aos hospitais que abram as vagas de UTI e atendam as pessoas, pois iremos fazer os pagamentos a partir do mês de janeiro”, disse ele.
Durante a conversa na manhã de domingo, que durou quase quatro horas, constataram ainda o secretário municipal de saúde, Wilson Pollara, para tratar o tema. Unidades de saúde e alguns hospitais parceiros que mantém contrato com a prefeitura também foram acionados. O prefeito eleito destacou que as tratativas foram positivas e que percebeu disposição das partes para solucionar as urgências ainda esta semana.
Uma nova rodada de conversa sobre o assunto foi marcada para às 14 horas desta segunda-feira (25), na Secretaria Estadual de Saúde (SES). Representantes do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) e do Ministério Público de Goiás (MP-GO) devem participar das tratativas. A expectativa é dar início às ações emergenciais necessárias para regularização o quanto antes possível.
Os leitos de UTI são regulados conforme uma dinâmica que prioriza os pacientes mais graves e analisando o perfil de cada um, segundo a SES. A redistribuição acontece conforme critérios médicos e logísticos, o que justificaria as vagas disponíveis em hospitais – como o HGG e o Hospital Estadual de Urgências (Hugol). (Especial para O Hoje)