Como os novos vices devem atuar nas gestões municipais
Em entrevista, João Campos afirma que apoiará o novo prefeito de Aparecida a fazer novas pontes e dialogar com as devidas demandas
Diferente de outros cargos do executivo, os vice-prefeitos possuem um papel histórico no diálogo e no apoio dos mandatários durante as eleições. Não só suprirem certos pré-requisitos partidários para a formação de uma chapa, mas também são escolhidos a dedo para suprir as necessidades de uma campanha uma vez que o próprio candidato principal ao executivo não pode ou não consegue participar.
Em tempos passados, um vice não tinha as funções que possui hoje após a gestão assumir a função e podia ser representado como um suplente do mandatário. Em casos de invalidez, recesso, compromisso marcados ou até mesmo óbito do chefe do executivo, por exemplo, o vice-prefeito fica a cargo de assumir o mandato como prefeito. Contudo, com a evolução da máquina política para um regime mais dinâmico com o surgimento de mecanismo e tecnologias da informação, os vices-prefeitos agora possuem um papel mais ativo para desempenhar. Por sua vez, uma equipe bem balanceada para e carismática pode ir muito além que um único líder carismático para uma prefeitura.
O mesmo vale ainda mais para as cidades da Região Metropolitana de Goiânia que pujam de culturas, povos, comércios e empreendimentos. Muitas das cidades na região, que ainda são jovens se comparadas às cidades litorâneas, possuem a herança da “Marcha para o Oeste” que conseguiu trazer as bases para o desenvolvimento do progresso. Consecutivamente, trouxe o aumento dos assentamentos da Capital e dos municípios arredores como Aparecida de Goiânia e Senador Canedo.
Devido a isso, um prefeito e o seu vice devem se adaptar aos valores e preceitos de cada município se querem um dia ser eleitos, seja para dialogar com a população periférica, ou para alavancar votos da população evangélica. E agora, com os nomes escolhidos e 27 dias contados para assumir os devidos cargos, uma nova fase começa que é do apoio irrefreável para a nova gestão.
Uma tenente-coronel para a prefeitura de Goiânia
Talvez, o melhor exemplo disso seja a vice-prefeita de Sandro Mabel (União Brasil), a tenente-coronel Cláudia Silva Lira (Avante), de 52 anos, que é estreante no meio político. A policial militar que ficou mais de 30 anos na ativa conta com um currículo extenso de cargos na corporação e até em apoio com outras corporações de segurança pública internacionais, desde: subcomandante do Comando de Gestão e Finanças da Polícia Militar de Goiás; forte atuação no Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) como coordenadora de cursos capacitores a nível estaduais e nacionais e fez parte da Cooperação Técnica com a Polícia Nacional do Japão para a criação de um policiamento comunitário.
Também, Cláudia conta com peso na atuação de gestão de pessoas e é atenuada nos problemas da população goianiense, como quando participou da Patrulha Maria da Penha para ajudar mulheres em situação de risco e quando prestou ajuda à assistência social de Goiânia. Por causa disso, Mabel conta com seu amplo conhecimento para fortalecer as políticas públicas de combate a violência contra a mulher e ao apoio de mulheres em situação de vulnerabilidade social. Além disso, Cláudia Silva também é moradora há mais de 30 anos do Setor Guanabara, na região norte da Capital.
Entre as suas afirmações na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), prometeu acompanhar fazer gestão com o setor imobiliário. Por causa disso, deve ser uma importante ferramenta na próxima gestão para o diálogo, principalmente com a sua consultoria em segurança pública e proximidade com membros administrativos da Polícia Militar ainda na ativa.
Um deputado federal para Aparecida
Se Cláudia era uma escolha balanceada para assumir a vice-prefeitura de Goiânia, então João Campos (Podemos) é a escolha segura para o cargo de vice-prefeito de Aparecida de Goiânia e que mais ressoa tanto nos meio parlamentares quanto nas famílias cristãs de Aparecida. O ex-deputado federal, que é natural do município de Peixes, no Tocantins, assegurou o antigo cargo por cinco mandatos consecutivos e foi um dos grandes representantes da bancada evangélica por pleitear pauta e até presidiu a Frente Parlamentar Evangélica em 2015 por dois anos.
Campos, assim como Cláudia, possui um currículo extenso tanto em segurança pública mas também na carreira política com mais de 20 anos. O ex-delegado da Polícia Civil e pastor da Assembleia de Deus de campinas que tem a liderança ligada ao Bispo Oídes do Carmo, grande parte de seus projetos mais marcantes foram de pautas da base evangélica.
Como afirma Campos, para O HOJE, após solenidade do Dia Nacional dos Delegados de Polícia, ele planeja se enquadrar dentro do novo formato e ser um vice ainda mais ativo em ajudar o prefeito eleito, Leandro Vilela (MDB). “Eu me proponho a fazer o diálogo com setores que tenham mais identificação e acolher essas demandas para dar o devido encaminhamento”, afirma Campos. Como bem ressalta, a evolução do sistema político para um modelo mais dinâmico contribuiu para o estreitamento de relações entre os chefes do executivo e os seus vices.
Uma filantropa para Senador Canedo
Por sua vez, a vice-prefeita eleita para a prefeitura de Senador Canedo, Salma Bahia (Progressistas), seria uma mistura entre a escolha balanceada e a segura para o município. Salma é empresária e advogada por formação, na cidade é reconhecida por ser fundadora da Associação Pestalozzi que cuida de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e ser uma empresária do município. Além disso, Salma também é cristã e uma grande defensora da família. Além disso, também é presidenta do partido Progressistas em Canedo que dialoga com a base governista de Caiado. (Especial para O Hoje)