O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua conduzindo atividades do governo, mesmo durante sua recuperação no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Após passar por uma cirurgia de emergência, Lula permanece internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), conforme orientação médica.

Lula sanciona lei

Na quarta-feira (11), o presidente sancionou o projeto de lei que institui o mercado de carbono no Brasil. A sanção ocorreu de forma eletrônica, diretamente do quarto do hospital, antes de um procedimento complementar realizado na manhã desta quinta-feira (12). O texto da nova lei foi publicado no Diário Oficial da União.

A legislação cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), estabelecendo limites para emissões de gases e regras específicas para atividades que gerem mais de 10 mil toneladas de dióxido de carbono equivalente (tCO₂e) por ano.

Mesmo internado, Lula mantém contato com integrantes de sua equipe ministerial. Ele realizou ligações para ministros e despachou questões consideradas menos complexas, que não demandam discussões aprofundadas. Sem celular próprio, o presidente tem utilizado o telefone da primeira-dama, Janja, que o acompanha na UTI.

Na quarta-feira à noite, Lula telefonou para o vice-presidente Geraldo Alckmin. Durante cerca de uma hora, os dois conversaram sobre a agenda do governo e o Conselhão, evento no qual Alckmin representou o chefe do Executivo. Em discurso no colegiado, Alckmin relatou o teor da ligação e destacou a importância atribuída por Lula ao trabalho do grupo.

Além disso, o presidente conversou por videochamada com o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Segundo o ministro, Lula demonstrou foco e interesse nas pautas em andamento no Congresso, incluindo as negociações sobre o pacote de corte de gastos e a liberação de emendas parlamentares.

A primeira-dama, Janja, usou as redes sociais para informar que Lula está bem e otimista com a recuperação. Ministros e outros integrantes do governo têm evitado procurá-lo diretamente para garantir seu descanso. Informações sobre sua evolução são repassadas por Janja ou pela equipe médica.

A previsão é que o presidente retorne à rotina de trabalho em Brasília após sua recuperação completa. Enquanto isso, ministros como Rui Costa, Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Fernando Haddad (Fazenda) lideram negociações e agendas prioritárias do governo na capital federal.