Mabel vai anunciar calamidade na saúde e finanças em Goiânia no 1º dia de governo
Déficit bilionário e bloqueios judiciais ameaçam serviços essenciais em Goiânia
O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), declarou que vai decretar situação de calamidade pública na saúde e nas finanças municipais assim que assumir o mandato, em 1º de janeiro. Ele afirmou nesta terça-feira (17) que as minutas dos decretos já estão prontas e terão duração de seis meses, como medida emergencial para lidar com o caos nas contas públicas e na rede de saúde.
Mabel destacou que a situação na saúde é crítica, com hospitais funcionando graças a ajuda do Governo do Estado, que tem coberto os custos das UTIs. “Sem isso, os atendimentos seriam inviáveis. Precisamos de uma solução imediata para evitar o colapso”, disse durante a apresentação de novos secretários.
Além disso, Mabel alertou para uma possível epidemia de dengue no início de 2025, agravada pelo acúmulo de lixo na cidade. Ele garantiu que um gabinete de crise foi criado, mas admitiu a falta de recursos e equipamentos básicos para enfrentar a situação.
Nas finanças, o cenário também é alarmante. Segundo o futuro prefeito, Goiânia enfrenta um déficit de R$ 1,6 bilhão, somado a mais de R$ 1 bilhão em dívidas não-operacionais. “As contas estão comprometidas por bloqueios judiciais, o que afeta serviços essenciais, como educação e merenda. Sem ações rápidas, ficaremos sem dinheiro para nada”, alertou Mabel.