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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Reforma ministerial

Centrão pode se fortalecer no governo Lula

Bloco deve ganhar mais destaque em possível reforma ministerial de Lula

Postado em 23 de dezembro de 2024 por Thiago Borges
Centrão pode se fortalecer no governo Lula
Foto: Reprodução

A possível reforma ministerial no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) movimentou os corredores em Brasília nas últimas semanas. Com a possibilidade de Lula nomear novos ministros, as articulações políticas já começaram no final deste ano e devem se intensificar a partir do próximo ano.

Principal representante do centrão – bloco que já ocupa cargos importantes e estratégicos na Esplanada dos Ministérios – o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), é um dos entusiastas para que os partidos ao centro ganhem maior relevância junto ao Executivo. A reforma administrativa é vista como essencial para equilibrar as forças das legendas, de acordo com a representatividade no legislativo. 

Um dos expoentes do centrão, o PSD pode alçar mais cargos ministeriais. A legenda chefiada por Gilberto Kassab comanda, atualmente, o ministério de Minas e Energia, com Alexandre Silveira; Pesca e Aquicultura, com André de Paula; e Agricultura e Pecuária, com Carlos Fávaro. O principal peessedista cotado a assumir um novo cargo por indicação de Lula é o atual presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Pacheco é próximo de Lula, e o petista deseja que o senador dispute o governo de Minas Gerais em 2026. Torná-lo ministro é uma estratégia de deixá-lo em evidência nos últimos dois anos de mandato, já que sua gestão enquanto presidente do Congresso acaba em fevereiro de 2025.

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Atualmente com três ministérios, o União Brasil também pode aumentar sua representatividade no governo. O partido, que caminhou com o petista em 2022, planeja lançar Ronaldo Caiado em 2026. A sigla é dividida entre a ala pró-governo e aqueles mais à direita. Caso aconteça uma aproximação de Lula com a alta cúpula do partido, o movimento pode desidratar o movimento de Caiado, que busca apoio para ser candidato ao Planalto nas próximas eleições. 

Além disso, outras siglas – como MDB, PP e Republicanos – buscam maior protagonismo. Os partidos, somados, possuem cinco cadeiras ministeriais. O PT, por exemplo, soma 13 ministérios. A representatividade petista incomoda alguns líderes do centrão, pois o partido além de ficar atrás de outras siglas em número de deputados e senadores, ocupa os principais ministérios da Esplanada – como o da Fazenda, chefiado por Fernando Haddad. 

Lira, que negocia cargos para o centrão, pode ser um dos beneficiados. O presidente da Câmara ganhou pontos com o poder Executivo após engajar em pautas prioritárias da equipe econômica do governo Lula. O parlamentar foi o principal responsável pela aprovação do pacote fiscal, que corta gastos para o governo cumprir o arcabouço fiscal. Lira também articulou a aprovação da PEC que regulamenta as regras da reforma tributária. 

Sua atuação em seu final de mandato na Câmara foi quem garantiu as vitórias do governo, e garante poder de barganha ao deputado na hora de negociar cargos ministeriais. O Progressistas de Lira possui apenas um ministério. Após deixar a presidência da Câmara, o parlamentar pode ser o segundo da sigla a assumir um cargo por indicação do presidente. (Especial para O Hoje)

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