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domingo, 19 de janeiro de 2025
Frustrado

Jair Bolsonaro não comparece à posse de Trump e chora em frustração

Bolsonaro criticou o ministro Alexandre de Moraes, responsável pela decisão, alegando ser alvo de uma “perseguição política”

Postado em 19 de janeiro de 2025 por Micael Silva
Jair Bolsonaro não comparece à posse de Trump e chora em frustração Foto: Divulgação
Jair Bolsonaro não comparece à posse de Trump e chora em frustração Foto: Divulgação

Neste sábado, 18, Jair Bolsonaro não conseguiu embarcar para os Estados Unidos, onde deveria representar o Brasil na posse de Donald Trump, marcada para segunda-feira, 20. O ex-presidente teve o passaporte retido pela Polícia Federal e, ao ver sua esposa, Michelle Bolsonaro, embarcar sozinha, demonstrou grande emoção, chegando a chorar. Michelle, junto com o filho do casal, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seguirá para o evento em seu lugar.

No Aeroporto Internacional de Brasília, Bolsonaro expressou seu desconforto com a situação, afirmando estar “constrangido” por não poder acompanhar sua esposa. O ex-presidente também lamentou a perda de encontros com outros líderes internacionais que havia agendado para a viagem. “Queria estar lá. Eu pré-acertei encontros com chefes de Estado e, lamentavelmente, não poderei comparecer”, disse.

A retenção do passaporte é fruto de uma decisão judicial vinculada a investigações em andamento. Bolsonaro é investigado no contexto de um inquérito que apura eventuais tentativas de golpe de Estado em 2022. Em fevereiro de 2023, a Justiça determinou a apreensão de seu passaporte, e desde então ele tem tentado reavê-lo. Recentemente, sua defesa pediu a devolução temporária do documento para que ele pudesse viajar aos Estados Unidos, mas o pedido foi negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Leia mais: Michelle afirma que Bolsonaro sofre perseguição política e levará abraço a Trump ao chegar nos EUA

Em entrevista, Bolsonaro criticou o ministro Alexandre de Moraes, responsável pela decisão, alegando ser alvo de uma “perseguição política”. Ele acusou o ministro de agir de forma autoritária com o intuito de “eliminar a direita no Brasil”.

A defesa de Bolsonaro justificou o pedido com base em sua recente viagem à Argentina, onde participou da posse do presidente Javier Milei, argumentando que não havia risco de fuga. No entanto, o ministro Moraes manteve a decisão, destacando que as condições que levaram à retenção do passaporte, incluindo o risco de evasão do país, ainda permanecem. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também se manifestou contra a liberação do documento, destacando que não havia interesse público na viagem de Bolsonaro.

Com isso, a decisão impede o ex-presidente de viajar para o evento internacional, enquanto sua família segue para representar o Brasil na posse de Trump.

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