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terça-feira, 28 de janeiro de 2025
Superando a solidão

Solidão no envelhecimento exige atenção e empatia

Cerca de 30% dos idosos brasileiros relatam sentir-se solitários frequentemente, segundo pesquisa do IBGE

Postado em 28 de janeiro de 2025 por Luana Carvalho
Cerca de 30% dos idosos brasileiros relatam sentir-se solitários frequentemente, segundo pesquisa do IBGE. | Foto: Reprodução

Com o passar dos anos, novos desafios surgem na vida das pessoas, e para muitos idosos, a solidão torna-se uma companheira indesejada. O ciclo natural da vida, marcado pelo crescimento dos filhos, a transição entre diferentes fases e a chegada da aposentadoria, pode gerar sentimento de vazio e distanciamento.

“É comum que, nessa etapa, os idosos enfrentem uma série de perdas, como a saída dos filhos de casa, a diminuição das atividades profissionais e a perda de entes queridos. Tudo isso pode contribuir para a solidão e, em muitos casos, para a depressão”, explica a psicóloga Renata Moreira, especialista em saúde mental na terceira idade.

Um dos aspectos mais desafiadores do envelhecimento é a inversão de papéis. Pais que antes eram os principais provedores e cuidadores passam a necessitar de atenção e cuidado. Essa mudança pode gerar desconforto e, muitas vezes, um sentimento de inutilidade.

“Esse momento exige empatia e compreensão de ambas as partes. Os idosos precisam ser incentivados a reconhecer o valor de sua experiência e contribuição, enquanto os familiares devem encontrar maneiras de incluir os pais em suas vidas, mesmo com as demandas do cotidiano”, destaca Renata.

Superando a solidão

Existem caminhos para enfrentar a solidão na terceira idade. Manter uma rede de contatos ativa, participar de atividades em grupo e buscar novos interesses são iniciativas importantes. Renata ressalta que o apoio da família é fundamental nesse processo. “Promover encontros regulares, estimular o contato com amigos e, se possível, envolver os idosos em atividades que explorem seus interesses são formas eficazes de combater a solidão.”

Além disso, a prática de hobbies, como artesanato, leitura e jardinagem, também contribui para a qualidade de vida. Centros de convivência para idosos são espaços valiosos para criação de novas amizades e interações sociais.

Apoio psicológico

Buscar apoio profissional também pode ser uma alternativa eficaz. “A terapia ajuda a ressignificar essa fase da vida, promovendo autoconhecimento e novas perspectivas. Em muitos casos, é importante que o idoso tenha um espaço seguro para expressar suas emoções e trabalhar suas dificuldades”, afirma Renata.

A solidão no envelhecimento é um desafio, mas também pode ser uma oportunidade para construir novas relações e redescobrir o prazer em atividades simples. Com apoio familiar, social e profissional, é possível transformar essa fase em um período de aprendizado e realizações.

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