EUA aumentam a recompensa pelo político mais procurado da América
EUA aumentam a recompensa por Nicolás Maduro enquanto Equador oferece petróleo para isolar o regime venezuelano
A crise política na Venezuela tem gerado respostas contundentes da comunidade internacional. Recentemente, os Estados Unidos elevaram a recompensa por informações que levem à captura do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de US$ 15 milhões para US$ 25 milhões. A medida também se estende ao ministro do Interior, Diosdado Cabello, figura central no regime e associado ao cartel Los Soles, envolvido no tráfico de drogas e ouro no país.
Em paralelo, o Equador anunciou que fornecerá até 250 mil barris de petróleo por dia a países que optarem por não adquirir petróleo da Venezuela. Com o preço do barril a US$ 65,6, essa iniciativa representa um incremento de US$ 16,4 milhões diários em apoio às ações contra o governo de Maduro. Essa oferta é direcionada exclusivamente a governos e visa reduzir as receitas do regime venezuelano.
A estatal petrolífera venezuelana, PDVSA, enfrenta uma queda significativa em sua produção, atualmente produzindo menos de um terço do que há duas décadas. A crise econômica e a falta de investimentos em tecnologia têm limitado a capacidade de extração e processamento do petróleo no país, que possui as maiores reservas do mundo.
A cleptocracia na Venezuela, iniciada com Hugo Chávez há 26 anos, transformou o país em uma “petroditadura”. Desde a ascensão de Maduro em 2013, o país enfrenta uma crise profunda, com promessas sociais não cumpridas e programas assistenciais utilizados para enriquecer membros do governo.
As sanções econômicas ampliadas pelos Estados Unidos e a suspensão das importações de petróleo venezuelano visam desestabilizar ainda mais o regime. Apesar disso, as importações americanas de petróleo da Venezuela aumentaram 64% no ano passado, totalizando 222 mil barris por dia, enquanto a China liderou as compras com 351 mil barris diários.
A oferta do Equador é um sinal de apoio a uma possível ação contra Maduro, que continua a ser um alvo na política sul-americana. A comunidade internacional permanece atenta aos desdobramentos na Venezuela, buscando soluções que promovam a restauração da democracia e a estabilidade na região.