Vermifugação: proteção para pets e tutores
Controle de parasitas evita doenças silenciosas e reduz riscos para a saúde humana
A ausência de sintomas não significa que um pet esteja livre de vermes. Muitos parasitas podem se instalar no organismo e se multiplicar silenciosamente antes de manifestar sinais clínicos. Durante esse período, o animal pode sofrer com fadiga, perda de nutrientes e danos internos. A vermifugação periódica é fundamental não apenas para a saúde do pet, mas também para evitar a transmissão de zoonoses, que podem ser perigosas para pessoas com imunidade baixa, crianças e gestantes.
Para garantir a proteção desde a infância, o Conselho Tropical para Parasitos de Animais de Companhia (TroCCap) recomenda que filhotes de cães recebam a primeira dose do vermífugo entre 15 e 30 dias de vida, com reforço após 15 dias. Nos gatos, o protocolo deve começar a partir das três semanas, com reforços quinzenais até atingirem dez semanas. Após essa fase inicial, a administração deve ocorrer mensalmente até os seis meses de idade, tornando-se trimestral na vida adulta.
Além da vermifugação, a limpeza do ambiente é necessária para evitar a infestação. Superfícies devem ser desinfetadas regularmente com solução de hipoclorito de sódio a 1%, evitando a presença dos animais durante a aplicação. Higienizar as patas dos pets após passeios também reduz o risco de contato com parasitas externos. O consumo de água e alimentos contaminados é outra forma comum de transmissão, tornando a nutrição adequada um fator importante para a imunidade dos animais.
O uso indiscriminado de antiparasitários pode levar à resistência de alguns vermes aos medicamentos, tornando os tratamentos menos eficazes. Por isso, é importante que a vermifugação seja feita sob orientação veterinária, com exames periódicos de fezes e sangue para determinar a necessidade de cada animal. Esse acompanhamento evita tanto a superdosagem quanto a subdosagem dos remédios.
Mais do que um cuidado com os pets, a vermifugação regular protege toda a família. Ao eliminar formas transmissoras de parasitas, quebra-se o ciclo de infecção, reduzindo o risco de contágio humano. Com um protocolo adequado e medidas preventivas, é possível garantir qualidade de vida e bem-estar para os animais e seus tutores.