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terça-feira, 4 de fevereiro de 2025
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Normas mais rígidas

TSE quer barrar candidatos suspeitos de ligação com crime organizado em 2026

Corte Eleitoral busca consolidar entendimento para impedir candidaturas de pessoas envolvidas com milícias, mesmo sem condenação judicial

Postado em 4 de fevereiro de 2025 por Bruno Goulart
TSE quer barrar candidatos suspeitos de ligação com crime organizado em 2026
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está se preparando para adotar critérios mais rígidos em relação a candidatos com suspeita de participação no crime organizado, como milícias, visando as eleições gerais de 2026. A ideia é consolidar um entendimento que permita barrar a candidatura de pessoas com histórico de envolvimento em atividades criminosas, mesmo que não haja condenação judicial definitiva.

A Lei da Ficha Limpa, que prevê inelegibilidade após condenação em segunda instância, não impede expressamente que a Justiça Eleitoral analise o histórico do candidato para identificar indícios de condutas incompatíveis com a moralidade pública.

Leia mais: Por que Gusttavo Lima incomoda o bolsonarismo?

Em 2023, o TSE deu um passo importante nessa direção ao manter, por unanimidade, a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) que indeferiu o registro de um vereador de Belford Roxo (RJ) suspeito de integrar milícias.

O relator do caso, ministro Antonio Carlos Ferreira, destacou que o candidato apresentava “elementos denotativos de participação em milícia armada, extorsões e porte ilegal de armas”. Esse precedente deve servir de base para decisões semelhantes em casos que cheguem ao TSE, reforçando o combate à infiltração do crime organizado na política.

A presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, tem liderado esforços para fortalecer o combate à violência política e ao crime organizado. Ela criou um observatório permanente para monitorar e investigar esses casos, com foco em evitar a formação de uma “bancada do crime” no Congresso Nacional a partir de 2026.

O tribunal planeja realizar cruzamentos de dados para identificar candidaturas financiadas por facções criminosas ou eleitas por meio de coação. No entanto, a discussão pode chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF), já que envolve o princípio da presunção de inocência, gerando debates sobre os limites da atuação da Justiça Eleitoral.

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