A contragosto dos vereadores, intervenções de Mabel na Comurg podem gerar economia de R$ 6 mi
Mudanças implementadas já somam uma redução de R$ 3 milhões na folha salarial e uma redução de 7 para 3 diretorias
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O prefeito Sandro Mabel (União Brasil), a contragosto dos vereadores, promete intervir na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e economia pode chegar a R$ 6 mi. Amplamente discutido entre os vereadores da câmara municipal desde o retorno legislativo, a auditoria e as mudanças implementadas pelo executivo municipal para enxugar e reorganizar a folha salarial, tem sido o principal tema de debate nas instâncias de poder local. De acordo com o vereador da situação, Lucas Kitão (União Brasil), “nenhuma gestão passada fez o que Mabel está fazendo”.
Kitão, o vereador que tem chefiado as ações de Mabel na câmara, aponta que “a gestão é bem intencionada e já reduziu mais de 80 postos comissionados e promoveu uma redução de R$ 3 milhões na folha. Das 7 diretorias, restaram apenas 3, essenciais para a gestão. Olha o tamanho dessa economia que atende um pedido do Ministério Público e ainda uma economia prevista de R$ 6 milhões”.
Em resposta às críticas da necessidade de um aporte à empresa, no valor de R$ 190 milhões, que se refere ao cumprimento de acordos extrajudiciais para afastar funcionários da empresa e os quinquênios, o vereador afirma que o peso que estão colocando na gestão do prefeito Sandro Mabel não é desta gestão e reiterou que “quem vai receber os quinquênios são os trabalhadores da Comurg que merecem, que vão para as ruas e dão a vida de sol a sol”.
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“Algum prefeito já fez uma auditoria completa na Comurg como o Mabel está fazendo?”, indaga Lucas Kitão que relembra que está no Poder Legislativo desde a gestão do Iris. “Como vereador tenho o compromisso de passar para vocês: Nem o Iris fez o que o Sandro Mabel está fazendo pela Companhia, muito menos o Rogério Cruz”, compara.
O vereador ainda pondera que a auditoria e as mudanças implementadas pelo prefeito para enxugar e reorganizar a folha salarial da Comurg são fundamentais para o Paço Municipal ter condições de fazer mais investimentos e acabar com os gargalos já enfrentados pela Companhia nos últimos anos.
O vereador da situação ainda compara o início da gestão do prefeito com os antecessores, Rogério Cruz (Solidariedade) e Iris Rezende (MDB), que mesmo tendo oportunidades, não agiram de forma eficiente para que a empresa enfrentasse o que chamou de “barra pesada”. A ponto de ser necessário um militar, o coronel Cléber dos Santos, para colocar a companhia em ordem.
Em muitas situações o vereador tem defendido as ações e auditoria na Comurg, defendendo a posição da prefeitura. Como o tema tem sido amplamente discutido na Câmara de Goiânia, o vereador usa a tribuna para defender o paço municipal constantemente. Não foi diferente na sessão desta quinta-feira (13). O tema foi abordado e Kitão usou a tribuna da Casa para comentar as mudanças já implementadas.
“Taxa do Lixo”
Uma das soluções propostas pela prefeitura é a implementação da Taxa de Limpeza Pública (TLP), também popularmente chamada de “Taxa do Lixo”. Apesar de ser uma iniciativa de gestões anteriores, o atual chefe do executivo municipal toma a frente para utilizar o recurso como solução para a Comurg. No entanto, a TLP, que quer cobrar entre R$ 280 a R$ 1.600 do goianiense, pode ser frustrada pela justiça.
A ação confronta quatro principais pontos de inconstitucionalidade da popularmente chamada “Taxa do Lixo”: (1) a falta de estudos técnicos que justifiquem o valor, (2) o critério de avaliação de imóveis que é inconstitucional, (3) as diferenças de cobranças sem justificativa e (4) a possível terceirização da cobrança.