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terça-feira, 4 de março de 2025
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Oscar 2025

Fernanda Torres exalta Mikey Madison e aponta revolução do cinema independente no Oscar

Em coletiva, atriz destaca semelhanças entre “Ainda Estou Aqui” e “Anora”, reforçando o impacto do cinema autoral na premiação

Postado em 4 de março de 2025 por Luana Avelar
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A vitória de Mikey Madison como Melhor Atriz no Oscar 2025 marcou uma virada para o cinema independente, e Fernanda Torres não deixou de destacar a importância desse momento. Em uma coletiva de imprensa nesta última segunda-feira (3), a atriz celebrou a premiação e traçou paralelos entre o filme “Anora”, estrelado por Madison e dirigido por Sean Baker, e a produção brasileira “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles.

“Ontem foi um dia muito especial porque foi o dia do cinema independente dentro do Oscar”, afirmou Torres. Para ela, a forma como “Anora” foi concebido reflete a mesma essência do longa nacional. “A maneira que eles fizeram aquele filme é a mesma maneira que a gente fez o nosso, é cinema de grupo. Ela indo atrás de se preparar, é um filme que ela se joga sem rede porque ela tem confiança no Sean Baker.”

A atriz revelou ainda que Baker assistiu recentemente a “Ainda Estou Aqui” e elogiou o trabalho de Salles. “Ele falou do quanto amou o filme porque reconhece o cinema independente que o Walter [Salles] faz.” Na avaliação de Torres, a cerimônia representou um marco global para esse segmento. “Eu sinto que ‘Ainda Estou Aqui’ é primo de ‘Anora’”, concluiu.

Além de exaltar Madison e Baker, Fernanda Torres refletiu sobre o impacto de “Ainda Estou Aqui”, que ultrapassou as expectativas da equipe. “Eu não sei o que aconteceu, que esse filme virou um movimento pátrio. Foi uma experiência coletiva, as pessoas assistiram juntas ao lado uma da outra. Esse filme virou algo além dele, virou ‘Terra em Transe’. Isso foi o mais lindo. Nós estamos muito impressionados.”

Interpretando Eunice Paiva no longa de Salles, a atriz revelou que a experiência foi transformadora. “Visitei lugares como atriz que eu nunca tinha visitado. Assistindo ao filme, fiquei impressionada como parecíamos pessoas reais. Isso é o Walter, que foi limpando o que era falso. Todo mundo fala: parecia uma família, parece real, não parece cinema. E por isso é cinema.”

Com a vitória de Mikey Madison e o reconhecimento de produções autorais, Fernanda Torres vê um novo momento para o cinema independente, que, segundo ela, está mais vivo do que nunca.

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