PGR deve se manifestar sobre pedido de prisão de Bolsonaro, mas prazo segue descumprido
STF aguarda posicionamento da Procuradoria sobre medida cautelar e preventiva após denúncia por suposto estímulo a atos antidemocráticos

A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou nesta quarta-feira (2) que ainda vai se manifestar sobre o pedido de prisão preventiva e medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conforme solicitado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Conforme divulgado pelo Correio, o órgão afirmou que a resposta “não tem data prevista”, mesmo após o prazo de cinco dias determinado pelo magistrado em 18 de março. A decisão está relacionada a uma notícia-crime apresentada pela vereadora Liana Cirne (PT) e por Victor Fialho Pedrosa, que acusam Bolsonaro de incitar apoiadores a mobilizações em defesa de investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
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A denúncia alega que o ex-presidente, por meio de redes sociais e declarações públicas, convocou seguidores a pressionarem pela anistia de envolvidos nos episódios antidemocráticos, referindo-se a eles como “reféns do 8/jan”.
No documento enviado ao STF, a vereadora pede restrições à atuação de Bolsonaro para evitar “novas convocações” que possam estimular violações à ordem democrática. A PGR, no entanto, não se pronunciou sobre o descumprimento do prazo estabelecido por Moraes, limitando-se a afirmar que ainda analisa o caso.
Apesar da pressão, a Procuradoria não detalhou os motivos do atraso nem indicou quando emitirá seu parecer. A defesa de Bolsonaro nega as acusações e classifica o processo como “perseguição política”.