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quarta-feira, 30 de abril de 2025
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Escolas particulares

Mais da metade dos alimentos escolhidos em cantinas escolares são ultraprocessados

Pesquisa nacional revela padrão alimentar preocupante entre estudantes de escolas particulares no Brasil

Luana Avelarpor Luana Avelar em 10 de abril de 2025
BOLACHAS E FRITURAS

Mais de 50% das escolhas alimentares nas cantinas de escolas particulares no Brasil envolvem produtos ultraprocessados. É o que revela o estudo ‘Comercialização de alimentos em escolas brasileiras’, conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) entre 2022 e 2024. Trata-se da primeira pesquisa nacional dedicada ao tema, evidenciando um panorama que acende o alerta sobre os hábitos alimentares de crianças e adolescentes em idade escolar.

O levantamento aponta o refrigerante como o item mais consumido (61,8%), seguido por salgados assados com recheio ultraprocessado (47,88%), bombons ou chocolates (37,97%) e salgadinhos de pacote (37,48%). Esses dados mostram que, em grande parte das instituições privadas, o consumo de alimentos com alto teor de açúcares, gorduras e aditivos artificiais supera em larga escala o de alimentos in natura ou minimamente processados.

O cenário preocupa especialistas em saúde e educação alimentar, que defendem o papel da escola como espaço fundamental para a formação de hábitos saudáveis. Em algumas instituições, políticas de alimentação mais rigorosas já estão sendo implementadas, com cardápios voltados ao equilíbrio nutricional e à redução do consumo de ultraprocessados. Nessas escolas, há uma preocupação com a variedade, a qualidade e a origem dos alimentos oferecidos, privilegiando refeições compostas por frutas frescas, proteínas, vegetais e preparações caseiras.

Além das mudanças no cardápio, ações pedagógicas integram o tema da alimentação ao conteúdo curricular, promovendo reflexões sobre os grupos alimentares e a importância de uma dieta equilibrada. Ao envolver os estudantes na escolha consciente dos alimentos, essas estratégias contribuem para ampliar o repertório alimentar desde a infância e fortalecer o vínculo entre saúde e educação.

O estudo também reforça que a transformação dos hábitos alimentares não depende apenas do ambiente escolar. A colaboração das famílias é importante para consolidar uma cultura alimentar mais saudável. Escolas que adotam diretrizes nutricionais e compartilham orientações com pais e responsáveis têm obtido melhores resultados, especialmente quando há alinhamento entre casa e escola.

 

 

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