Saída da Previdência Social seria congelar salário-mínimo por 6 anos, diz Armínio Fraga
O quadro de desequilíbrio tende a piorar tanto pela demografia da população, quanto pelas regras atuais


Ex-presidente do Banco Central (BC) aponta que, para melhorar as contas da Previdência Social, seria necessário congelar o salário-mínimo por 6 anos. Segundo o economista, a medida seria fundamental, tendo em vista que contas [da Previdência] pioram de forma assustadora.
Fraga disse que as prioridades do gasto público no Brasil estão completamente erradas. A justificativa utilizada é que o quadro de desequilíbrio tende a piorar tanto pela demografia da população, que tem ficado mais velha, quanto pelas regras atuais, que precisam ser refeitas.
Por mais que a racionalidade econômica tenha que prevalecer, especialistas do calibre de Armínio, que defendeu a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nunca levaram em consideração o corte na “carne”. Uma vez que enquanto a população é sobrecarregada com mais impostos e cortes de serviços, os gastos com o funcionalismo público só crescem.
O economista pode estar levando em consideração que cortes dessa natureza não ocorrem facilmente. Portanto, considerar não seria pragmático. Por outro lado, tecnocratas como ele, pensam no Estado como uma espécie de instituição necessária da forma que se estabeleceu no Brasil: autocentrado.
De uma forma ou de outra, a população aparenta não ser levada em consideração nos processos de decisão.