Clima seco e frio do outono aumenta casos de doenças respiratórias e alérgicas
Outro impacto comum do clima outonal é sentido por pessoas que têm doenças reumatológicas, como artrite reumatoide, osteoartrite e fibromialgia
Com a mudança das estações, o outono se destaca por trazer alterações climáticas perceptíveis, como a queda na temperatura e a diminuição da umidade do ar. Essas condições tornam o ambiente mais seco e frio, o que pode afetar diretamente a saúde, especialmente de quem já convive com problemas respiratórios, alergias ou doenças reumatológicas. Essa época do ano exige atenção redobrada para evitar que situações comuns se agravem.
As doenças respiratórias tendem a se intensificar nesse período. A combinação de ar frio com baixa umidade causa irritações nas vias aéreas e cria um cenário propício para a propagação de vírus. Por isso, não é raro o aumento de quadros de gripe, resfriado, bronquite, sinusite, asma e crises de tosse alérgica. Além disso, o hábito de permanecer por mais tempo em ambientes fechados e pouco ventilados contribui para a disseminação desses agentes infecciosos e para o acúmulo de alérgenos como poeira, mofo e ácaros.
Outro impacto comum do clima outonal é sentido por pessoas que têm doenças reumatológicas, como artrite reumatoide, osteoartrite e fibromialgia. A queda da temperatura costuma agravar dores nas articulações, gerar rigidez muscular e comprometer a mobilidade. Isso ocorre porque o frio interfere na circulação sanguínea e deixa os músculos mais contraídos. Para aliviar esses sintomas, manter-se aquecido e praticar exercícios leves ou alongamentos regularmente pode ajudar a preservar o conforto físico durante a estação.
Além das questões respiratórias e musculares, o outono também contribui para o aumento de dermatites e conjuntivites alérgicas. O clima seco resseca a pele e as mucosas, incluindo os olhos, o que facilita irritações, coceiras e inflamações. Esses sintomas, embora pareçam menores, podem interferir na qualidade de vida e precisam ser tratados com cuidados adequados, como o uso de hidratantes e colírios específicos, conforme orientação médica.
Diante dessas mudanças, o outono exige uma postura mais preventiva com relação à saúde. Com atenção aos sinais do corpo e pequenas adaptações na rotina, é possível atravessar a estação de forma mais equilibrada e com bem-estar.
Um dos principais aliados nessa época é a vacinação contra a gripe, especialmente indicada para grupos mais vulneráveis, como idosos, gestantes, crianças pequenas e pessoas com doenças crônicas. A imunização anual ajuda a evitar complicações respiratórias graves e reduz as chances de surtos em comunidades e instituições.
Mesmo com a redução da sensação de sede durante o outono e o inverno, a hidratação continua sendo fundamental. Manter o corpo bem hidratado auxilia na proteção das mucosas do nariz e da garganta, além de preservar a saúde da pele, que tende a ressecar com facilidade em ambientes frios e secos. A hidratação também contribui para o bom funcionamento do organismo como um todo e ajuda na prevenção de infecções.
Outro cuidado importante está relacionado à qualidade do ar dentro de casa. O uso de umidificadores à noite pode melhorar o conforto respiratório, enquanto a ventilação dos ambientes durante o dia é essencial para evitar o acúmulo de ácaros, mofo e vírus. Ambientes abafados e sem circulação de ar favorecem a proliferação de agentes que causam alergias e infecções respiratórias.
A alimentação também exerce um papel decisivo na saúde preventiva. O consumo regular de frutas, verduras e alimentos ricos em vitaminas antioxidantes, como as vitaminas A, C e E, além do ômega-3, fortalece o sistema imunológico e contribui para a redução de processos inflamatórios no organismo. Uma dieta equilibrada é uma forma eficaz e natural de aumentar a resistência contra doenças típicas da estação.
Manter a casa limpa é outro ponto essencial para quem quer evitar crises alérgicas. Poeira, ácaros e outros alérgenos costumam se acumular em locais como colchões, cortinas, tapetes e estofados. A limpeza frequente desses itens, preferencialmente com panos úmidos, reduz a exposição a esses agentes e melhora a qualidade do ar no ambiente doméstico.
Em locais fechados ou de grande circulação, o uso de máscaras ainda é recomendado como forma de proteção, especialmente para quem está gripado ou tem contato com pessoas mais vulneráveis. A higienização constante das mãos também continua sendo uma medida simples, mas extremamente eficaz na prevenção de doenças respiratórias.