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quarta-feira, 21 de maio de 2025
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Pesquisa

Estudo liga exposição ao flúor a queda no QI infantil

O flúor é encontrado na água potável, chás, pastas de dente, fios dentais e enxaguantes bucais

Leticia Mariellepor Leticia Marielle em 19 de abril de 2025
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Estudo liga exposição ao flúor a queda no QI infantil. | Foto: reprodução

Um estudo recente, encomendado pelo governo dos Estados Unidos por meio do National Toxicology Program (NTP), apontou uma possível relação entre altos níveis de exposição ao flúor e a redução do quociente de inteligência (QI) em crianças. A análise se baseou em uma revisão de pesquisas anteriores que investigaram os impactos do flúor no desenvolvimento neurológico e na cognição.

Embora o flúor seja amplamente utilizado para prevenir cáries e promover a saúde bucal, sua presença vai além dos consultórios odontológicos, ele também é encontrado na água potável, alimentos preparados com água fluorada, chás, pastas de dente, fios dentais e enxaguantes bucais. Especialistas alertam que a soma dessas fontes pode ultrapassar os níveis considerados seguros para consumo.

Os dados avaliados indicam que a exposição a concentrações superiores a 1,5 miligramas de flúor por litro de água está associada a menores pontuações de QI entre crianças. O NTP classificou essa evidência como de “confiança moderada”, segundo a escala que vai de muito baixa a alta, usada para mensurar a força das conclusões científicas em saúde pública.

Apesar da associação identificada, os pesquisadores ressaltam que ainda não há comprovação de que o flúor em níveis mais baixos, como o padrão recomendado de 0,7 mg/L para abastecimento público nos EUA, provoque efeitos negativos no QI infantil. Também não foram encontradas evidências de prejuízos cognitivos em adultos.

A maioria dos estudos analisados foi conduzida em países como Canadá, China, Índia, Irã, Paquistão e México, locais onde grávidas, bebês e crianças tiveram contato com níveis de flúor superiores ao recomendado pelas autoridades de saúde norte-americanas. Ainda assim, os autores do relatório fazem uma ressalva: embora os dados sugiram uma ligação entre o flúor e o QI mais baixo, não é possível afirmar que se trata de uma relação de causa e efeito direta. Assim como muitas substâncias, o flúor pode trazer benefícios em doses adequadas, mas tornar-se prejudicial quando consumido em excesso.

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