Hoje, 22 de abril, é o Dia da Terra. E não tem como passar batido. Desde a década de 1970, a data foi criada com o propósito de chamar atenção para os desafios ambientais que ameaçam o futuro do planeta – e de quem vive nele. O Google, como de costume, entrou na onda e lançou um doodle especial, com direito a quiz interativo. É só digitar “earth day quiz” no buscador para testar seus conhecimentos sobre o impacto ambiental e refletir um pouco sobre a forma como tratamos nosso lar.

O Dia da Terra nasceu nos Estados Unidos, em 1970, como resposta a um desastre ambiental: o derramamento de óleo em Santa Bárbara, na Califórnia, que liberou cerca de 80 mil barris de petróleo no oceano. A tragédia mobilizou milhões de americanos e levou o senador Gaylord Nelson a propor uma data de conscientização ambiental.

A escolha do 22 de abril não foi por acaso: caía entre o fim das férias de primavera e o início das provas finais nas universidades, o que permitiu grande adesão dos jovens. O movimento deu tão certo que impulsionou mudanças profundas na legislação ambiental do país e inspirou o mundo. Hoje, a data é celebrada em mais de 190 países e tem como objetivo lembrar que a preservação do planeta é uma responsabilidade coletiva.

Mas antes de querer salvar o planeta, é preciso conhecê-lo. E entender que, mesmo nos cantos mais improváveis, a Terra está cheia de vida e de fenômenos impressionantes.

Confira abaixo 7 curiosidades sobre a Terra que talvez você não saiba:

1: Recifes de coral são a maior estrutura viva da Terra

Embora o nome sugira uma formação rochosa, os recifes de coral são ecossistemas vivos formados por bilhões de pequenos animais marinhos chamados pólipos de coral. Juntos, eles criam estruturas calcárias gigantescas que funcionam como cidades subaquáticas.

Esses recifes abrigam uma diversidade impressionante: são dezenas de milhares de espécies convivendo ali, entre peixes, moluscos, crustáceos, algas, vermes, bactérias e outros organismos que vivem em equilíbrio. Além disso, os recifes protegem as costas da erosão e ajudam a regular os ecossistemas marinhos.

2: Antártida concentra a maior parte da água doce do planeta

Quando se pensa em gelo, muitos imaginam o Polo Norte. Mas a maior concentração de gelo — e de água doce — está no Polo Sul. A Antártida guarda cerca de 70% da água doce da Terra e 90% do seu gelo, com uma camada que pode chegar a 30 milhões de km³.

É também o continente mais frio e ventoso do planeta: as temperaturas já chegaram a -89,2 °C e os ventos a incríveis 320 km/h. Apesar das condições extremas, a região é fundamental para o equilíbrio climático global.

3: O planalto tibetano é o “terceiro polo” do mundo

Fora dos polos tradicionais, existe uma terceira grande reserva de água doce: o planalto tibetano, na Ásia Central. A região abriga mais de 46 mil geleiras e é de lá que nascem rios como o Yangtze e o Mekong, que abastecem milhões de pessoas na China, Índia, Nepal e Butão.

Por isso, o planalto tibetano é conhecido como o “terceiro polo” do planeta, sendo vital para a segurança hídrica de várias nações.

4: As árvores são os respiradores naturais do planeta

As árvores ocupam cerca de 30% da superfície terrestre, mas sua importância vai muito além da paisagem. Elas absorvem cerca de 8 gigatoneladas de dióxido de carbono por ano, contribuindo diretamente para a redução do efeito estufa.

Além disso, as florestas são lar de 80% da biodiversidade terrestre, regulam o clima e protegem os solos contra erosão. Em tempos de crise climática, sua preservação se torna ainda mais urgente.

5: O deserto do Atacama é o lugar mais seco da Terra

Localizado no norte do Chile, o deserto do Atacama registra menos de 1 mm de chuva por ano em várias de suas áreas. É considerado o lugar mais seco da Terra, rivalizando apenas com os vales secos da Antártida.

Esse clima extremo se explica pela presença da Cordilheira dos Andes, que bloqueia a umidade vinda do oceano, e pela Corrente de Humboldt, que traz águas geladas e impede a formação de nuvens. Mesmo assim, o Atacama abriga formas de vida adaptadas a condições quase impossíveis.

6: O polo magnético da Terra está em movimento

Diferente do polo norte geográfico, que é fixo, o polo magnético da Terra — aquele para onde as bússolas apontam — está em constante deslocamento. Atualmente, ele se move a uma velocidade de 50 a 60 km por ano em direção à Sibéria.

Esse movimento é causado por alterações no núcleo externo da Terra, onde materiais líquidos circulam e geram o campo magnético que protege o planeta da radiação solar.

7: O interior da Terra tem “miolo mole”

Pode parecer piada, mas é verdade: o centro da Terra é parcialmente “mole”. Isso porque o manto terrestre, localizado entre a crosta e o núcleo, tem uma consistência semissólida, causada pelas altíssimas pressões e temperaturas internas.

Esse estado permite que o manto se mova lentamente, em escalas geológicas de tempo. É essa movimentação que impulsiona fenômenos como terremotos, erupções vulcânicas e o deslocamento das placas tectônicas.

*texto com informações: Tecmundo / Mega Curioso

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