Choque cardiogênico: Entenda os riscos e como lidar com a condição
O choque cardiogênico é mais comum em pessoas idosas, mulheres, indivíduos com histórico de infarto

O choque cardiogênico é uma condição grave caracterizada pela redução significativa do fluxo sanguíneo no corpo, também chamada de hipoperfusão. Embora seja uma situação rara, ela frequentemente ocorre após infartos severos. Quando diagnosticada precocemente e tratada de forma rápida, cerca de 50% dos pacientes podem sobreviver.
Esse problema geralmente se origina da falta de oxigenação adequada do coração, especialmente após um infarto. A insuficiência na função do ventrículo esquerdo, a principal câmara do coração responsável pelo bombeamento do sangue, enfraquece o músculo cardíaco e desencadeia o choque.
Com o coração funcionando de maneira comprometida, a pressão arterial tende a cair, o que provoca a constrição das artérias e veias. Esse processo agrava ainda mais a circulação sanguínea, afetando tanto os tecidos periféricos quanto o próprio coração.
O choque cardiogênico é mais comum em pessoas idosas, mulheres, indivíduos com histórico de infarto ou insuficiência cardíaca, além de pacientes com diabetes, hipertensão ou obstruções em várias artérias coronárias.
Diversos fatores podem causar o choque cardiogênico, como infartos, inflamações no músculo cardíaco (miocardite), infecções nas válvulas cardíacas (endocardite), insuficiência cardíaca por outras razões, além de intoxicações ou overdoses que afetam a capacidade do coração de bombear sangue.
Segundo a Associação Americana do Coração, essa condição está presente em 5% a 10% dos casos de infarto agudo do miocárdio e é a principal causa de morte após esses eventos.
Os sintomas mais comuns incluem alteração no estado mental, pressão arterial baixa, arritmias, pulsos fracos, dificuldade para respirar (dispneia) e inchaço nas extremidades (edema periférico). O tratamento geralmente é realizado em ambiente hospitalar e pode envolver medicamentos, terapias ou, em alguns casos, procedimentos cirúrgicos como o bypass das artérias coronárias.