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Preparação para colonoscopia: o que comer e o que evitar

A colonoscopia é um exame utilizado para observar o interior do intestino grosso e é frequentemente solicitada para investigar possíveis alterações intestinais

Leticia Mariellepor Leticia Marielle em 25 de abril de 2025
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High view of the classic and delicious salad of different types of lettuce, cherry tomato and red onion. landscape orientation. Partial view.

A preparação para a colonoscopia começa com a alimentação, que precisa ser ajustada com antecedência. Três dias antes do exame, é indicado seguir uma dieta mais leve, com foco em alimentos de fácil digestão e baixo teor de fibras, como arroz branco, purê de batata, frango desfiado cozido e sopas suaves. Esse tipo de alimentação ajuda a reduzir o volume de resíduos no intestino, facilitando a visualização das paredes intestinais durante o procedimento.

Nos dois dias que antecedem o exame, a alimentação deve continuar leve, porém com consistência mais semilíquida. Nessa fase, entram no cardápio frutas cozidas e sem casca, como maçã, pera e banana, além de legumes como cenoura, chuchu, batata e abóbora, todos também cozidos e sem casca. Alimentos como arroz branco, pão branco e macarrão simples continuam permitidos, assim como carnes magras como frango e peixe, preferencialmente desfiados ou moídos. Bebidas como chá, café e água de coco também são liberadas, sendo fundamental manter uma boa hidratação.

No dia anterior à colonoscopia, a dieta passa a ser exclusivamente líquida. Podem ser consumidos caldos ou sopas coados e sem gordura, sucos claros e também coados, gelatina de cor clara, água, água de coco e chás leves, como camomila e erva-doce. Já no dia do exame, a ingestão se limita a água e chás claros até, no máximo, quatro horas antes do horário marcado.

Durante todo o processo de preparo, o médico normalmente prescreve o uso de laxantes para garantir a limpeza completa do intestino. Em paralelo, é importante evitar uma série de alimentos que dificultam essa limpeza. Entre os que devem ser excluídos estão as carnes vermelhas e processadas, vegetais folhosos, frutas e legumes crus com casca ou caroço, laticínios, leguminosas, sementes, cereais integrais, oleaginosas, alimentos gordurosos e bebidas alcoólicas. Também é recomendável evitar frutas como mamão, maracujá, laranja, tangerina e melão por conterem muitas fibras.

Depois da colonoscopia, o ideal é retomar a alimentação de forma gradual, começando com comidas leves e de fácil digestão, além de manter uma boa ingestão de líquidos. É normal sentir desconforto abdominal, inchaço ou enjoo após o exame, e por isso certos alimentos devem ser evitados nas primeiras 24 horas, especialmente os que provocam gases, como feijão, brócolis, couve, ovos, refrigerantes, doces e frutos do mar. O funcionamento intestinal tende a se normalizar entre três a cinco dias após o procedimento.

Colonoscopia

A colonoscopia é um exame utilizado para observar o interior do intestino grosso e é frequentemente solicitada para investigar possíveis alterações intestinais. Ela é essencial para detectar pólipos, pequenos tumores que podem evoluir para câncer, e também para identificar sinais iniciais de câncer de cólon. Além disso, o exame ajuda a descobrir a causa de sangramentos nas fezes, diarreias persistentes ou outras mudanças no funcionamento do intestino cuja origem ainda não foi determinada.

Esse procedimento também é valioso no diagnóstico de doenças como diverticulose, tuberculose intestinal, retocolite ulcerativa e doença de Crohn. Pode ainda ser solicitado para investigar a origem de casos de anemia sem causa aparente, ou complementar outros exames que tenham apresentado resultados inconclusivos, como o teste de sangue oculto nas fezes ou exames de imagem como o enema opaco.

A colonoscopia não é apenas um exame diagnóstico, ela também tem uma função terapêutica. Durante o procedimento, é possível cauterizar vasos que estejam sangrando, aliviar obstruções causadas por um volvo intestinal, coletar amostras de tecido para biópsia e até mesmo remover pólipos encontrados ao longo do cólon.

Geralmente, esse exame é indicado por um gastroenterologista diante de sintomas que sugerem alterações intestinais mais sérias, como sangramentos ou diarreias que não cessam. Também costuma ser recomendado como medida preventiva para pessoas a partir dos 50 anos, com o objetivo de rastrear precocemente o câncer de cólon.

Para que o exame possa ser realizado de forma eficaz, é necessário um preparo prévio que inclui mudanças na alimentação e o uso de laxantes, garantindo que o intestino esteja completamente limpo para facilitar a visualização interna. Embora o procedimento em si seja feito com sedação e, portanto, geralmente não cause dor, algumas pessoas relatam uma leve sensação de desconforto, pressão ou inchaço abdominal durante ou logo após o exame.

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