A produção do filme Geni e o Zepelim, dirigida por Anna Muylaert, anunciou que a atriz trans Ayla Gabriela assumirá o papel principal da personagem Geni, após críticas à escolha inicial de Thainá Duarte, uma atriz cisgênero. O filme é uma adaptação da canção de Chico Buarque, que narra a história de uma mulher marginalizada pela sociedade.

A decisão de escalar Thainá Duarte gerou críticas, com ativistas e artistas trans apontando que a personagem Geni, historicamente interpretada por mulheres trans, deveria ser vivida por uma atriz trans. A cineasta Anna Muylaert justificou a escolha inicial como parte de uma tentativa de ressignificar a personagem, ampliando suas interpretações simbólicas.

No entanto, após o debate público, a produção optou por substituir a atriz cisgênero por Ayla Gabriela, reconhecendo a importância da representatividade neste contexto. A cineasta chegou a pedir desculpas por sua escolha inicial, “Ouvi muitas vozes e pude entender a dimensão da importância dessa personagem para a comunidade trans. Fazer essa história com uma mulher cis foi um erro, um equívoco.”, ressaltou Muylart.

Ayla Gabriela, conhecida por seu trabalho em teatro e cinema, expressou entusiasmo pela oportunidade de dar vida a Geni, destacando a relevância da personagem como um ícone da luta contra a marginalização de pessoas trans. A mudança de elenco é vista como um passo positivo para a inclusão e representatividade no cinema brasileiro.

O filme Geni e o Zepelim está previsto para estrear em 2026, prometendo trazer uma nova perspectiva sobre a clássica canção e sua protagonista.