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quarta-feira, 17 de dezembro de 2025
Congresso

Câmara aprova suspensão de deputado bolsonarista por ofensas a Gleisi Hoffmann

Gilvan da Federal (PL-ES) é afastado por três meses após declarações consideradas misóginas e ofensivas durante sessão na Casa Baixa

Thiago Borgespor Thiago Borges em 7 de maio de 2025
Câmara aprova suspensão de deputado bolsonarista por ofensas a Gleisi Hoffmann
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (6), a suspensão do mandato do deputado Gilvan da Federal (PL-ES) por três meses.  A decisão, tomada por 15 votos a 4, decorre de declarações ofensivas feitas pelo parlamentar contra a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), durante uma audiência na Comissão de Segurança Pública. 

Na sessão de 29 de abril, Gilvan associou a ministra ao codinome “amante”, utilizado em planilhas da construtora Odebrecht durante a Operação Lava Jato, e afirmou que “deve ser uma prostituta do caramba”.  As acusações contra Gleisi foram arquivadas pelo Supremo Tribunal Federal em 2023.  As declarações provocaram tumulto e exigiram a intervenção da Polícia Legislativa.  

A Mesa Diretora da Câmara apresentou a denúncia ao Conselho de Ética, alegando que o deputado excedeu os limites da liberdade de expressão parlamentar e feriu a dignidade da Casa. O relator do processo, deputado Ricardo Maia (MDB-BA), recomendou a suspensão do mandato por três meses, considerando a medida proporcional e necessária para preservar a integridade da instituição legislativa.  

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Em pronunciamento antes da votação, Gilvan afirmou que não teve intenção de ofender e pediu desculpas a quem se sentiu atingido. Apesar disso, a suspensão foi aprovada, e durante o período de afastamento, o deputado ficará sem salário, cota parlamentar e verba de gabinete. Ele ainda pode recorrer da decisão ao plenário da Câmara. 

A ministra Gleisi Hoffmann apresentou uma queixa-crime ao Supremo Tribunal Federal contra Gilvan, por injúria e difamação, solicitando a abertura de processo penal e o pagamento de R$ 30 mil por danos morais.

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