Ex-namorada exige R$ 500 mil de Bruno Monteiro antes de planejar seu assassinato
Um dia após a morte de Bruno Monteiro, os suspeitos envolvidos no crime conseguiram acessar a conta bancária da vítima

A Polícia Civil prendeu, na última quarta-feira (7), em Sorocaba (SP), uma mulher de 43 anos suspeita de planejar o assassinato de seu ex-companheiro, Bruno Monteiro, de 33 anos. Anete Rodrigues Simões teria contado com a ajuda de dois homens, também detidos, para executar o crime motivado por interesses financeiros ligados à herança da vítima.
Um dia após a morte de Bruno Monteiro, os suspeitos envolvidos no crime conseguiram acessar a conta bancária da vítima e realizaram uma transferência no valor de R$ 10 mil, segundo aponta a investigação da Polícia Civil.
De acordo com as investigações, Anete manteve um relacionamento com Bruno por cerca de cinco anos e, recentemente, chegou a formalizar com ele um acordo de união estável em cartório. A polícia afirma que ela mantinha, ao mesmo tempo, um envolvimento amoroso com Vagner Augusto Alves da Silva, de 41 anos, proprietário de uma autoelétrica em Sorocaba, apontado como cúmplice no crime.
De acordo com o delegado Camilo Veiga, que conduz a investigação, a principal motivação do crime foi o interesse de Anete Rodrigues Simões em obter parte da herança deixada por Bruno Monteiro. “Ele tinha uma aplicação no banco, e isso despertou o interesse da Anete”, afirmou o delegado.
Dias antes do assassinato, Anete já demonstrava intenção de extorquir a vítima. Em um vídeo gravado por ela, a mulher exige a quantia de R$ 500 mil de Bruno. “Você deve esquecer o meu endereço. Melhor coisa que você fez. Quinhentos mil, sim. Quinhentos mil. Fora isso, não. Pra aguentar a sua chatice”, diz ela nas imagens, que agora fazem parte do material reunido pela Polícia Civil como prova do planejamento do crime.
O terceiro envolvido, Deivede Jorge, de 44 anos, também foi preso. A suspeita é de que os três participaram diretamente da morte de Bruno, ocorrida durante uma negociação simulada de venda de um carro de luxo em uma chácara nas proximidades da Represa de Itupararanga. A polícia acredita que a emboscada foi armada sob orientação da ex-namorada.
Os investigadores afirmam que os suspeitos confessaram o crime. Bruno teria sido amarrado, colocado no porta-malas de um veículo e asfixiado antes de o carro ser incendiado. O corpo da vítima, desaparecida desde 10 de abril, foi encontrado carbonizado dentro do automóvel na quarta-feira (7), em uma área de matagal.