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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
MEIO AMBIENTE

Ibama autua mais de 240 pessoas por incêndios florestais criminosos em 2024

Multas somam R$ 460 milhões; seca extrema e mudanças climáticas agravaram situação na Amazônia

Luana Avelarpor Luana Avelar em 12 de maio de 2025
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Mais de 30 milhões de hectares foram atingidos por incêndios florestais em todo o Brasil no ano de 2024. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a maior parte desses focos foi provocada por ações criminosas. A autarquia ambiental responsabilizou administrativamente 242 pessoas pelos incêndios, aplicando multas e outras sanções que somam mais de R$ 460 milhões.

As informações foram divulgadas pelo diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Jair Schmitt, durante coletiva de imprensa realizada no dia 8 de maio, voltada à apresentação de dados recentes sobre desmatamento e queimadas. Schmitt informou que outros casos ainda estão sob análise e que o órgão continua com ações de investigação e punição em curso.

Para evitar novos episódios de grandes proporções, o Ibama tem emitido notificações eletrônicas e por edital aos proprietários de terras consideradas de risco. O objetivo é alertar sobre a responsabilidade legal na prevenção de queimadas e reforçar que essas áreas estão sob monitoramento constante. Equipes de fiscalização também permanecem em atuação nas regiões mais críticas.

Levantamento do MapBiomas revelou que a área atingida pelas chamas em 2024 foi 79% maior do que a registrada no ano anterior, o que equivale ao território da Itália. Técnicos do governo federal apontaram que o fenômeno foi agravado por condições climáticas extremas, sobretudo pela seca prolongada que afetou a Região Norte.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, a Amazônia enfrentou dois anos consecutivos de seca severa, intensificada por efeitos combinados do El Niño e do aquecimento do Atlântico Norte. Esses fatores deixaram a floresta mais vulnerável à propagação do fogo, aumentando a extensão e a intensidade dos incêndios.

Apesar da gravidade do cenário registrado em 2024, os primeiros meses de 2025 apresentam uma tendência de redução. Dados consolidados entre janeiro e abril indicam queda de até 70% nos focos de calor na Amazônia e de mais de 90% no Pantanal. Ambos os biomas foram os mais atingidos nos últimos anos.

Ainda assim, as autoridades ambientais demonstraram preocupação com a elevação dos alertas de desmatamento observada em abril, tanto na Amazônia quanto no Cerrado. A alta pontual nos dados motivou o reforço de ações preventivas, com foco na manutenção da queda nos índices acumulados ao longo do ano.

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