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terça-feira, 17 de junho de 2025
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Lula mantém esquerda e centrão tem ‘sentimento de abandono’

Deputado do PSOL, Guilherme Boulos é cotado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência no lugar de Márcio Macêdo, do PT

Francisco Costapor Francisco Costa em 16 de maio de 2025
Lula foto Foto: Divulgação
Lula foto Foto: Divulgação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estaria diante de mais um passo da reforma ministerial em gesto de abandono ao centrão. Isso, porque o petista sinalizou a auxiliares que o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) pode assumir a Secretaria-Geral da Presidência no lugar de Márcio Macêdo (PT). O petista está no cargo desde o começo do governo.

A medida, que visa melhorar a interlocução com movimentos sociais com um bom prazo antes da eleição presidencial, em 2026, desagrada ao centrão. O sentimento seria de abandono, uma vez que, neste ano, as mudanças beneficiariam mais o campo da esquerda.

Inclusive, a mudança mais recente foi a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, substituída pela parananense Márcia Lopes, irmã de um velho amigo de Lula: o ex-ministro Gilberto Carvalho. A titular da pasta é assistente social, natural de Londrina (PR) e filiada ao PT desde 1982. A escolha ocorreu em 5 de maio, motivada por denúncias de assédio moral dentro da pasta que era comandada por Cida.

Além disso, Cida se envolveu em outras polêmicas. Entre elas, interromper a agenda oficial para atender à primeira-dama Janja, de quem é amiga. Ela, ainda, chegou a admitir que ignorava pedidos do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Costa Macêdo, e do então ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Outras mudanças

Neste ano, já ocorreram outras mudanças. Também recente, Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, pediu exoneração do Ministério da Previdência devido ao escândalo que envolve fraudes em descontos de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Assumiu o comando da pasta o ex-deputado federal Wolney Queiroz (PDT), mantendo o partido aliado com a pasta – o que derrubou rumores sobre um ministro de outra legenda. Ainda assim, os deputados federais pedetistas anunciaram independência e deixaram a base, enquanto no Senado, nada mudou.

Outras alterações foram dentro da cota do petismo: Paulo Pimenta deixou a Secretaria de Comunicação Social e foi substituído por Sidônio Palmeira; no Ministério da Saúde, Nísia Trindade saiu e entrou Alexandre Padilha, que estava na Secretaria de Relações Institucionais. No lugar dele, assumiu a deputada federal Gleisi Hoffman, à época presidente do PT.

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No momento, a exceção ocorreu no Ministério das Comunicações, que estava com Juscelino Filho (União Brasil). A pasta continuou com o centrão. Ele saiu após denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por supostos desvios relacionados a emendas parlamentares e foi substituído por Frederico de Siqueira Filho, aliado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Antes, o líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas (MA), recusou o convite do governo Lula para assumir.

Entre os partidos do centrão que tem pastas no governo Lula, estão União Brasil, Republicanos, PP, PSD e MDB. Outras legendas de esquerda como PSB, PDT, Rede, PCdoB e PSOL também ocupam ministérios. Contudo, o PT lidera com 11 cadeiras, no momento.

 

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