Polícia prende secretário, dono de portal e ex-candidata por suspeita de envolvimento com perfil difamatório em Anápolis
Polícia Civil investiga esquema de perseguição e crimes contra a honra envolvendo figuras públicas locais
por Renata Ferraz em 16 de maio de 2025
Na manhã desta sexta-feira (16), três pessoas foram presas em Anápolis durante a Operação Máscara Digital, realizada pela Polícia Civil, por suspeitas de envolvimento com o perfil difamatório denominado “Anápolis na Roda”.
Entre os detidos estão Denilson Boavenura, diretor de Comunicação da Câmara Municipal e diretor de Operações do Portal 6, Luiz Gustavo Rocha, Secretário Municipal de Comunicação na gestão do prefeito Márcio Correa (PL), e a ex-candidata a vereadora Elyssama Aires.
A operação foi desencadeada após o registro de uma ocorrência, onde uma vítima relatou estar sendo alvo de difamação e perseguição nas páginas “@anapolisnaroda”, “@anapolisnaroda2” e “@anapolisnaroda3”.
Durante a investigação, a equipe policial identificou outros registros semelhantes, todos relacionados ao mesmo perfil, o que ampliou a abrangência da apuração.
Ex-candidata e autoridades municipais apontadas como responsáveis
A ex-candidata a vereadora, Elyssama Aires, é apontada pela Polícia Civil como a ex-proprietária da página e, atualmente, seria responsável pelas publicações criminosas realizadas no perfil. Já Denilson Boavenura é identificado como o principal responsável pelas postagens de teor difamatório, seja diretamente ou por meio de Elyssama.
Luiz Gustavo Rocha, Secretário Municipal de Comunicação, também é implicado nas investigações. Segundo a Polícia Civil, ele teria atuado em parceria com Boavenura na criação e veiculação de conteúdo difamatório, utilizando as redes sociais para atingir a honra e a integridade de terceiros.
A Polícia Civil apresentou evidências dos crimes cometidos pelos envolvidos, incluindo difamação, perseguição (stalking), conduta reiterada de monitoramento e intimidação com potencial de lesão à liberdade e à privacidade, falsa identidade, uso indevido de dados de terceiros para ocultar a identidade dos autores e associação criminosa.
Esses delitos foram atribuídos à colaboração mútua entre os investigados, com o objetivo de atacar a honra e a integridade psicológica de outras pessoas.
