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Crise humanitária

14 mil bebês podem morrer em Gaza se Israel não liberar mais ajuda

Chefe humanitário da ONU acusa Israel de impedir acesso à Faixa de Gaza e diz que cinco caminhões de ajuda são insuficientes diante da crise

Bruno Goulartpor Bruno Goulart em 20 de maio de 2025
14 mil bebês podem morrer em Gaza se Israel não liberar mais ajuda
Foto: Wikimedia Commons

O secretário-geral-adjunto da ONU para Assuntos Humanitários, Tom Fletcher, afirmou nesta terça-feira (20) que até 14 mil bebês podem morrer nas próximas 48 horas em Gaza caso a ajuda humanitária não seja liberada com urgência.

Desde 2 de março, Israel impõe um bloqueio severo à região, impedindo a entrada de alimentos, remédios e combustível. Apenas no domingo (18), sob pressão internacional, o governo israelense autorizou a passagem de uma quantidade mínima de ajuda, que Fletcher classificou como “uma gota no oceano”.

Segundo o representante da ONU, mesmo os poucos caminhões que cruzaram a fronteira ainda não chegaram às áreas mais afetadas. A ONU tenta fazer com que 100 caminhões entrem nesta terça, mas enfrenta obstáculos em todas as frentes.

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Fletcher afirmou que, mesmo com riscos, as equipes humanitárias estão prontas para levar comida infantil e suprimentos básicos às comunidades famintas. Ele enfatizou a urgência da situação e pediu apoio internacional para pressionar Israel a permitir mais acesso.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reconheceu que a liberação limitada de ajuda ocorreu após pressão de aliados, mas insistiu que o bloqueio continuará até que Israel controle áreas específicas para distribuir os suprimentos. Enquanto isso, moradores do norte de Gaza relatam desespero, fome extrema e a impossibilidade de acessar qualquer tipo de alimento. “As pessoas estão desmaiando de fome. Não há pão, arroz, legumes ou dinheiro para comprar um tomate”, disse um residente à BBC.

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