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Saúde

Alimentação saudável é aliada no combate à hipertensão, apontam especialistas

A hipertensão aumenta consideravelmente os riscos de infarto

Leticia Mariellepor Leticia Marielle em 12 de junho de 2025
Alimentação saudável é aliada no combate à hipertensão, apontam especialistas. | Foto: reprodução/Istock

Especialistas em saúde cardiovascular alertam que uma alimentação adequada pode ser determinante no controle da hipertensão, condição responsável por milhões de mortes prematuras em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), dietas ricas em sal, gorduras saturadas e carnes vermelhas figuram entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Para reduzir esses riscos, recomenda-se a adoção de hábitos alimentares mais equilibrados.

A British Heart Foundation aponta que frutas desempenham papel essencial nesse processo, por serem fontes ricas de potássio, mineral crucial para a saúde do sistema cardiovascular, dos músculos e do sistema nervoso. A entidade britânica também indica o consumo de suco de beterraba e vegetais com alta concentração de nitratos naturais, como espinafre, aipo, couve, alface e acelga. A inclusão de grãos integrais, proteínas magras, como peixe, frango, ovos, peru e feijão, além de laticínios com baixo teor de gordura, também faz parte das recomendações nutricionais mais eficazes.

A hipertensão, caracterizada pelo estreitamento das arteríolas, vasos responsáveis por regular o fluxo sanguíneo, exige maior esforço do coração para bombear sangue, o que eleva a pressão nas artérias. Segundo o Texas Heart Institute, esse quadro aumenta consideravelmente os riscos de infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e outras complicações.

Dados recentes da OMS revelam que cerca de 1,28 bilhão de adultos entre 30 e 79 anos vivem atualmente com hipertensão, sendo a maior parte residente em países de baixa e média renda. Quase 40% dessas pessoas sequer sabem que possuem a condição, o que agrava ainda mais o cenário global.

Entre os grupos mais suscetíveis à hipertensão estão indivíduos com histórico familiar da doença, pessoas em idade avançada, sedentárias, com sobrepeso ou obesidade, além daqueles que fazem uso excessivo de sal e álcool. A OMS reforça que a prevenção passa por conscientização e mudanças concretas no estilo de vida, especialmente nos padrões alimentares.

Alimentos que aumentam a pressão arterial

Para pessoas que já receberam diagnóstico de hipertensão ou enfrentam dificuldades no controle da pressão arterial, a atenção à alimentação se torna ainda mais crucial. Especialistas em nutrição e saúde cardiovascular alertam que, embora a eliminação completa de certos alimentos seja desafiadora, reduzir o consumo e fazer escolhas conscientes pode trazer benefícios significativos à saúde.

O sal continua sendo um dos vilões mais apontados pelos profissionais da área. A ingestão diária não deve ultrapassar 6 gramas, o equivalente a uma colher de chá. No entanto, esse limite é frequentemente superado sem que o consumidor perceba, devido à presença de sódio em alimentos industrializados como pães, sopas enlatadas, pizzas congeladas, carnes curadas e salsichas. A recomendação é verificar os rótulos nutricionais antes da compra.

Os alimentos ricos em açúcar também representam um risco à saúde cardiovascular. O consumo excessivo de açúcar tem efeitos negativos sobre o sistema circulatório e oferece pouco valor nutricional. Produtos como barras de granola industrializadas, sobremesas prontas, biscoitos salgados, manteiga de amendoim com adição de açúcar e bebidas adoçadas devem ser ingeridos com moderação.

Outro grupo de risco são os alimentos com alto teor de gorduras saturadas. Esse tipo de gordura deve representar no máximo 6% do total calórico diário. Ela está diretamente ligado ao ganho de peso e à obesidade, fatores que favorecem o surgimento ou agravamento da hipertensão. Entre os produtos com maior concentração de gordura saturada estão carnes processadas como hambúrgueres e bacon, doces como bolos e balas, além de manteiga, banha, margarina, óleo de coco, óleo de palma e derivados integrais do leite.

As carnes vermelhas, embora fontes de proteína, também exigem cautela. A digestão desse tipo de carne pode levar à formação de compostos que impactam negativamente a pressão arterial, tornando o consumo moderado uma orientação recorrente entre cardiologistas.

Molhos industrializados completam a lista de itens a serem evitados. Ketchup, molho de pimenta, molho de soja e molhos prontos para saladas costumam conter elevadas quantidades de sódio e devem ser utilizados com parcimônia.

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