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segunda-feira, 7 de julho de 2025
Diplomacia

Thiago Ávila é deportado por Israel e deve chegar ao Brasil nesta sexta

Após ser detido por Israel ao tentar levar ajuda humanitaria para Gaza, Thiago Ávila é deportado é chega no Brasil nesta sexta-feira

Lalice Fernandespor Lalice Fernandes em 12 de junho de 2025
Thiago Ávila é deportado por Israel e deve chegar ao Brasil nesta sexta
Thiago Ávila. (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

O ativista brasileiro Thiago Ávila, de 38 anos, está sendo deportado por Israel após ser detido ao tentar levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Ele deve desembarcar no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, nesta sexta-feira (13), às 5h25, segundo informações da organização Freedom Flotilla.

Thiago está em greve de fome há quatro dias. Ele protesta contra a detenção, que classifica como sequestro, já que a interceptação da embarcação onde estava ocorreu em águas internacionais. O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) do Brasil trata o caso como crime de guerra. O Itamaraty, que acompanha a situação, afirma que houve violação do direito internacional e pede responsabilização das autoridades israelenses.

Como punição pela greve de fome, Thiago é colocado em uma cela solitária. Desde segunda-feira (9), sua família no Brasil não consegue contato com ele. A interceptação aconteceu quando o grupo de 12 ativistas da Flotilha da Liberdade tentou chegar à Faixa de Gaza com alimentos e medicamentos. A ação pretendia denunciar o cerco israelense e pressionar por um corredor humanitário.

Dois ativistas franceses, Pascal Maurieras e Yanis Mhamdi, permanecem presos na cadeia de Givon, mas também devem ser deportados. Oito dos detidos recusam-se a assinar um termo que reconhece entrada ilegal em Israel, condição exigida para a deportação. Para garantir que o caso fosse denunciado internacionalmente, Greta Thunberg e outros três ativistas assinam o documento e retornam aos seus países.

O bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza já dura mais de três meses e afeta cerca de 2 milhões de palestinos. Apenas uma empresa sediada nos Estados Unidos tem autorização para fornecer alimentos. A Organização das Nações Unidas (ONU) condena as restrições, alerta para o agravamento da crise humanitária e afirma que cerca de 6 mil caminhões com ajuda estão retidos na fronteira com o Egito.

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