Gengibre e emagrecimento: o que a ciência revela sobre seus efeitos
O gengibre pode ser incluído na alimentação de maneira prática, seja cru, em sucos e sopas, ou até em preparações mais elaboradas


O gengibre, raiz de sabor picante e nome científico Zingiber officinalis, é amplamente reconhecido tanto na medicina tradicional quanto na gastronomia por suas propriedades terapêuticas. Utilizado há milênios em diversas culturas, o ingrediente passou a ganhar espaço também na rotina de quem busca melhorar a imunidade e a saúde digestiva. Ainda assim, o consumo da planta segue cercado de dúvidas, especialmente quanto à forma ideal de ingestão.
Naturalmente anti-inflamatório, o gengibre pode ser incluído na alimentação de maneira prática, seja cru, em sucos e sopas, ou até em preparações mais elaboradas. No entanto, é o uso em cápsulas e pós industrializados que acende um sinal de alerta entre especialistas. Nesses formatos, a concentração dos compostos ativos é elevada, o que pode levar a efeitos colaterais, como dores gástricas, sensibilidade intestinal e, em alguns casos, interação com medicamentos.
Diversos estudos destacam que os benefícios mais consistentes estão associados ao uso da raiz in natura. Nessa forma, o gengibre apresenta ação anti-inflamatória, analgésica, antiespasmódica, antifebril e até anticoagulante. Tais propriedades explicam seu uso tradicional no alívio de cólicas intestinais e como auxiliar na digestão e respiração, especialmente entre praticantes de atividades físicas. Ainda que seja comum a crença de que o gengibre possui efeito “queimador de gordura”, não há comprovação científica sólida que sustente tal afirmação.
Embora o alimento possa agregar sabor e saúde à dieta, ele não é indicado para todas as pessoas. Há relatos de desconfortos gástricos, especialmente entre indivíduos com sensibilidade digestiva. Por isso, o consumo em pó ou cápsulas deve ser feito apenas sob orientação médica ou nutricional, uma vez que, em concentrações elevadas, o gengibre pode comprometer a saúde em vez de promovê-la.
O consumo de gengibre por pessoas com hipertensão deve ser realizado com cautela. Embora seus compostos possam favorecer a circulação sanguínea, há risco de interação com medicamentos utilizados no controle da pressão arterial, além de possíveis efeitos adversos quando combinados com agentes anticoagulantes. Essas interações podem comprometer o tratamento tanto da hipertensão quanto de outras condições cardiológicas.