No 26º dia do julgamento do rapper Sean “Diddy” Combs, o júri ouviu relatos de novas testemunhas e teve acesso a mensagens trocadas entre o artista e sua ex-companheira, Cassie Ventura. Os depoimentos ocorreram nesta sexta-feira (20) e revelaram novos detalhes sobre episódios de violência no relacionamento e o suposto envolvimento de Combs com drogas.

Entre as testemunhas ouvidas estavam o agente especial da Homeland Security Investigations, Joseph Cerciello, e Brendan Paul, ex-assistente pessoal do músico. Paul afirmou, durante seu depoimento, que tem “sentimentos conflitantes” em relação a Combs e que, apesar de ter presenciado o uso frequente de drogas, não presenciou diretamente atos ilícitos nos quartos de hotel.

As mensagens exibidas ao júri foram trocadas entre Cassie e Diddy em maio de 2017. Nelas, a cantora relata ter medo do comportamento do então companheiro e relembra episódios de agressão. “Você me arrastou pelo corredor e me puxou pelo cabelo. Eu tive medo da sua raiva”, escreveu. Em outro trecho, o rapper respondeu: “Outras mulheres fariam de tudo para estar onde você está”.

O tribunal também ouviu detalhes sobre como funcionava o esquema de aquisição de drogas para Combs. Segundo Brendan Paul, o rapper usava substâncias como cocaína, cetamina, ecstasy e maconha, geralmente uma vez por mês, embora houvesse ocasiões em que ele “parecia alterado”. Paul afirmou ainda que era orientado por Combs ou outros assistentes a adquirir entorpecentes, e que chegou a pagar US$ 4.200 (cerca de R$ 23 mil) por 473 ml de maconha líquida, comprada de Phillip Pines, outro ex-assistente do cantor.

Os promotores indicaram que pretendem encerrar a apresentação de seu caso até segunda-feira, enquanto a defesa prevê concluir seus argumentos entre terça e quarta. O juiz responsável informou que as alegações finais estão previstas para quinta-feira, podendo haver alterações conforme o andamento do processo.