PSA indica sêmen em corpo achado no autódromo, mas polícia descarta relação sexual
A Polícia de São Paulo esclareceu o resultado positivo para PSA detectado na região genital de homem encontrado morto no Autódromo


A Polícia Técnico-Científica de São Paulo esclareceu, nesta semana, que o resultado positivo para PSA (Antígeno Prostático Específico) detectado na região genital de Adalberto Amarilio dos Santos Junior, encontrado morto no Autódromo de Interlagos no início de junho, não comprova, por si só, que tenha ocorrido relação sexual no local.
De acordo com o Instituto de Criminalística, o PSA é uma proteína produzida pela próstata que dá viscosidade ao sêmen e é armazenada nas vesículas seminais. Em determinados casos, como situações de asfixia, pode haver um reflexo vagal, mecanismo que provoca contrações nas vesículas seminais e pode resultar na liberação do líquido seminal, mesmo na ausência de ato sexual.
O laudo elaborado pelo Instituto Médico Legal (IML) não identificou a presença de espermatozoides, o que, segundo os peritos, reforça que o PSA positivo, isoladamente, não deve ser interpretado como evidência de ejaculação associada a uma relação sexual.
“Não consta que teve relação sexual pelo PSA”, afirmou a delegada Ivalda Aleixo na última quarta-feira (18), ao comentar o avanço das investigações. A Polícia Civil trata o caso como homicídio desde que o IML apontou a asfixia como causa da morte do empresário.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que novos detalhes sobre o inquérito serão mantidos em sigilo para preservar a autonomia das investigações.