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segunda-feira, 7 de julho de 2025
desaparecimento

Mulher é encontrada mumificada em apartamento décadas após desaparecer

De acordo com o Instituto Médico Legal da Croácia, a morte da mulher teria ocorrido entre 1966 e 1973

Leticia Mariellepor Leticia Marielle em 21 de junho de 2025
Mulher é encontrada mumificada em apartamento décadas após desaparecer. | Foto: divulgação

Um caso impressionante veio à tona em 2008, quando vizinhos de um prédio no centro de Zagreb, capital da Croácia, decidiram investigar um apartamento que permanecia fechado há décadas. Ao arrombarem a porta, se depararam com uma cena perturbadora: os restos mumificados de uma mulher sobre a cama, aparentemente morta há mais de 35 anos.

A vítima foi identificada como Hedviga Golik, ex-enfermeira que vivia sozinha no local. A descoberta só foi possível após a checagem da caixa de correio, que ainda trazia o nome da moradora. A polícia foi acionada imediatamente, e o caso gerou perplexidade entre os moradores da vizinhança.

De acordo com o Instituto Médico Legal da Croácia, a morte da mulher teria ocorrido entre 1966 e 1973, possivelmente por causas naturais. Um dos vizinhos relatou ter visto a mulher pela última vez no início dos anos 1970. Na época, ela havia comentado com conhecidos que pensava em se mudar para o exterior, o que teria contribuído para o fato de ninguém estranhar seu desaparecimento.

O aspecto mais intrigante do caso foi o estado de conservação do corpo, que surpreendeu especialistas. Nenhum vizinho jamais relatou odores vindos do apartamento, o que levantou a hipótese de que condições ambientais específicas, como o rigor do inverno e janelas entreabertas, teriam favorecido um processo natural de mumificação. Segundo a imprensa local, fatores como temperatura, umidade e circulação de ar podem inibir a decomposição e eliminar gradualmente o odor típico de corpos em estado avançado de putrefação.

Durante os anos em que permaneceu esquecida, Golik atravessou anonimamente décadas de transformações no país: mudanças políticas, guerras e diferentes governos passaram, enquanto sua ausência não foi notada por parentes ou autoridades. Não houve boletins de ocorrência, registros de desaparecimento ou alertas que chamassem atenção para o sumiço.

Com o choque inicial superado, o caso deu início a uma nova disputa: a posse do imóvel. Como os apartamentos pertenciam ao Estado durante o período socialista da Iugoslávia, a antiga residência da mulher acabou se tornando objeto de interesse entre os vizinhos do prédio.

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