O cantor e ex-deputado federal Sérgio Reis afirmou que ainda não teve seu celular devolvido após a apreensão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido foi feito pela Procuradoria-Geral da República, no contexto de uma investigação sobre declarações feitas por Sérgio em 2021.

Na ocasião, o artista havia defendido uma paralisação nacional de 72 horas para pressionar o Senado a aceitar pedidos de impeachment contra ministros da Corte. A manifestação foi entendida pela PGR como tentativa de incitação contra os poderes constituídos. O aparelho celular foi confiscado durante a fase inicial do inquérito.

Declaração de Sérgio Reis

Agora, quase três anos após a medida, Sérgio Reis afirma que ainda aguarda a devolução do item. “Meu celular continua apreendido pelo Alexandre de Moraes, perdi um monte de contatos”, disse o cantor em entrevista publicada nesta semana. Ele completou 83 anos recentemente e diz estar focado em sua saúde e em momentos com a família.

Apesar disso, o artista revelou que ainda responde a processos na Justiça, embora afirme não se abalar mais com as ações em andamento. Ele também fez referência aos réus condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. “Tem um monte de gente que não fez nada e hoje está presa na Papuda. Mães e pais de família e idosos”, comentou.

Durante a entrevista, Sérgio Reis também foi questionado sobre sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, ambos mantinham afinidade na época em que Bolsonaro era deputado federal. “Nós dois somos palmeirenses”, disse. No entanto, o cantor também mencionou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O Lula também é meu fã, tem até meus discos”, afirmou.

O artista declarou ainda que não tem mais interesse em se envolver com a política. “Não quero brigar com ninguém. Quero só viver minha vida”, resumiu.