A morte do pequeno Ravi de Sousa Figueiredo, de apenas 2 anos, levanta suspeitas de erro médico no Hospital Municipal de Goiatuba. A criança foi levada à unidade após colocar um grão de milho no nariz. Segundo os pais, uma médica teria usado ar comprimido de forma inadequada durante a tentativa de remoção, o que teria causado complicações graves.

O procedimento foi feito com Ravi deitado de costas. Em seguida, foi utilizada uma videotoscopia. Os pais relataram que o menino ficou com o abdômen inchado, vomitando e muito agitado, mas, ainda assim, foi liberado. Horas depois, ele passou mal novamente. No caminho para Goiânia, a ambulância precisou parar em Hidrolândia, onde Ravi sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu.

Um laudo do Instituto Médico Legal apontou perfuração no estômago e acúmulo de líquido na cavidade abdominal. A Polícia Civil acredita que o uso do ar comprimido pode ter provocado o rompimento de órgãos internos. O delegado Sérgio Henrique Alves afirmou que o procedimento não segue práticas médicas comuns.

O advogado da família, Vinícius dos Santos Dias, afirmou que vai entrar com ação judicial por responsabilidade civil contra os envolvidos e solicitou que o caso seja levado ao Conselho Regional de Medicina (CRM). A defesa também questiona a existência de dois prontuários médicos diferentes com informações contraditórias, o que pode indicar tentativa de omissão ou adulteração.

A morte de Ravi ocorreu em abril, mas só agora veio a público. Até o momento, a Secretaria Municipal de Saúde não se pronunciou.

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