Popular entre jovens, sachês de nicotina preocupam especialistas
Sem regulamentação no Brasil, produto traz riscos cardiovasculares, dependência e potenciais danos cancerígenos
Cada vez mais presentes nas redes sociais e consumidos de forma discreta por adolescentes e jovens adultos, os sachês de nicotina vêm ganhando espaço como substitutos do cigarro. Pequenos e aromatizados, esses produtos são colocados entre a gengiva e a bochecha, liberando nicotina diretamente na corrente sanguínea. Vendidos como uma alternativa “mais limpa” por não envolverem fumaça, os sachês escondem riscos sérios à saúde, e operam completamente à margem da legislação brasileira.
O Brasil proíbe a comercialização e o uso dos sachês de nicotina, mas a fiscalização ainda não acompanha a velocidade com que o produto circula. À venda pela internet, muitas vezes em embalagens atrativas e sabores variados, os sachês têm alta concentração de nicotina, em níveis que podem superar os de um cigarro comum. Sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não há controle sobre sua composição, o que amplia o risco de contaminação por outras substâncias tóxicas.
Além do risco de dependência química, os sachês provocam alterações cardiovasculares, como aumento da pressão e da frequência cardíaca, além de lesões na boca e na gengiva. Estão também associados a mecanismos inflamatórios e de estresse oxidativo no organismo, que, em longo prazo, elevam as chances de desenvolver câncer. O uso recorrente pode ainda afetar o sistema digestivo e gerar sintomas como dor no peito, cansaço e falta de ar.
O apelo dos sachês entre jovens tem crescido, impulsionado pela ideia de que seriam uma alternativa segura ou até um meio para parar de fumar. Mas a realidade é oposta: esses produtos não são reconhecidos como tratamento para cessação do tabagismo e tendem a reforçar a dependência. Quanto mais precoce o início do consumo, maior o risco de exposição prolongada aos danos.
Enquanto a regulamentação não avança, especialistas reforçam a importância de buscar ajuda profissional para abandonar o tabaco. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamentos gratuitos, que combinam terapia medicamentosa e acompanhamento clínico. Canais como o Disque Saúde 136 e o site do Instituto Nacional de Câncer (INCA) também orientam sobre formas seguras e eficazes de superar o vício.
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